Monday, October 23, 2023

Visita a casa dos meus pais pela calada da noite

 

Mais uma crónica muito boa de uma experiência fora do corpo motivada por um episódio de paralisia do sono.

 

Devo dizer que grande parte destas experiências extrassensoriais ocorreram em outubro, a primeira das quais em 2011.

 

Mas passo a narrar a desta noite em que fiz exatamente o mesmo do outro dia- saí pela janela. Desta vez optei por abrir a janela do meio. Senti mesmo a madeira fria nas minhas mãos que depois se encaixaram no fecho para abrir o vidro.

 

Dali parti a toda a brida em direção ao desconhecido mas pensei que seria engraçado ver como estava a casa  dos meus pais à noite.

 

Aterrei na sala principal. Claro que estava tudo escuro. Tudo estava também sossegado.

 

Senti um movimento por trás de mim e logo vi o que era- um gato que não era a Adie. Ela devia estar a dormir na cama dos meus pais.

 

O gato que eu apanhei era cinzento. Senti o seu calor na minha mão e aquela energia que já aqui descrevi e que é típica do contacto com corpos desencarnados. A diferença aqui é que não era uma pessoa que tinha a meu lado mas sim um gato. Um gato que outrora pertenceu àquela casa e deixou muitas saudades na minha mãe. Ainda hoje ela pergunta por ele.

 

Não precisamos de comunicar verbalmente com os espíritos para que eles nos transmitam informações. Leo- assim se chamava aquele gato em vida- disse-me telepaticamente que morreu afogado e que era dele a carcaça que o meu pai retirou do poço. Comunicando com os olhos e ronronando, Leo parecia estar feliz. Será que ele ouve a minha mãe a recordar os momentos que passou com ele? Se ele anda por ali e foi o único espírito desencarnado que encontrei na casa, é provável que vá ouvindo as conversas. Dá a sensação que ele será um espírito bom e protetor. Fico feliz que os meus pais tenham alguém que os proteja. No caso da minha mãe, embora ela não acredite em uma linha deste relato, não sei como reagiria se eu lhe dissesse que o seu adorado gato a protege durante a noite.

 

Questionei sobre o barulho que fazíamos na casa. Se os meus pais ou mesmo a Adie ouviriam alguma coisa.

 

Regressei ao meu corpo. Por incrível que pareça, nunca me consigo lembrar da viagem de regresso mas quase sempre me lembro da saída. Normalmente acontece por portas ou janelas. Só uma vez saí pela porta, por incrível que pareça. De todas as outras vezes foram as janelas que deram acesso ao exterior.

 

Talvez esta tenha sido a ocasião em que fui mais longe, sinal de que estou a evoluir.

 

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