Enerva-me, irrita-me, enraivece-me a forma passiva como o Benfica encara os jogos nesta época, especialmente na Liga dos Campeões. Parece que desaprenderam de jogar. De uma falta de confiança gritante.
Parecem moscas mortas. Camisolas vermelhas deslavadas a arrastarem-se em campo perante o olhar mortiço de um treinador que assiste a tudo de mãos nos bolsos, como se nada se passasse. Que nervos!
Algo se passa. Algo vai muito podre lá dentro. Cá por fora já se sente o fedor a algo que julgávamos fazer parte do tempo da outra senhora.
Acabou a lua de mel, despertámos do sonho do apaixonante futebol praticado na época passada para este marasmo, esta tristeza. De certeza que algo se passa.
Na época passada batemos o pé a PSG e Juventus e este ano perdemos com o Salzburgo e a Real Sociedade em nossa casa. Inadmissível! Há que acordar e reagir porque isto assim não pode ser. E não venham dizer que faltam jogadores essenciais que saíram! Gastaram-se milhões em jogadores vindos de fora e que tardam a adaptar-se ao nosso Futebol e sobretudo ás ideias do treinador que parece confuso no banco e algo sonolento. Se um dia me disserem que adormeceu durante um jogo, não ficaria surpreendida.
Há uma coisa que eu não entendo e vem lá de trás. Urge mudar. Por que razão o Benfica não investe em jogadores já familiarizados com o nosso Futebol como fazem os nossos rivais que contratam cá dentro e os jogadores, sem carecer de período de adaptação, pegam de estaca. Veja-se o Sporting que poucos jogadores vai buscar ao exterior. Os jogadores dos leões até chegam da Segunda Liga e são titulares. A nós caem os parentes na lama se não vamos buscar o lateral direito de que tanto precisamos ao Boavista.
Foi das panteras que veio o nosso melhor avançado que, inexplicavelmente, o senhor que assiste de mãos nos bolsos ao jogo no banco do Benfica insiste em tirar ao intervalo por troca com um jogador fora de forma e ainda não adaptado. Um jogador que custou milhões, quando deixam ir um dos melhores avançados da nossa Liga na época passada para o Porto.
Enfim, neste sentido, ainda tresanda a vieirismo e ao medo dos negócios com clubes nacionais. No aspeto desportivo isto acaba por custar caro quando está aos olhos de todos que os jogadores da formação e os jogadores que conhecem bem o nosso futebol são os que continuam a render.
O coletivo não funciona, há jogadores que parecem de pés atados, a bola queima. É uma vergonha vir uma equipa espanhola que não é de primeiro plano do Futebol Europeu e ter sessenta por cento de posse de bola. Eu enterrava-me. Que tristeza!
Falando das outras equipas, o braga deu luta ao real Madrid. Ao Real Madrid! Se calhar ganharia a esta real sociedad que deu um banho tático ao Glorioso SLB.
Em Antuérpia, Evanilson saltou do banco no final da primeira parte para reeditar uma dupla de sucesso com o taremi e terá feito o jogo da sua vida. Apontou três golos.
Para a Liga Europa, o Sporting empatou a uma bola na polónia. O jogo fica marcado pela expulsão madrugadora de Gyokeres que inclusive lesionou o jogador adversário.
As coisas não estão famosas para as equipas nacionais. Salvou-se o Porto que também defrontou um adversário algo frágil.
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