“CUCU!”

 

Por onde começar? Foi uma noite repleta de sonhos onde se destacam alguns momentos…

 

Começamos com a sensação que logo tive de que a noite ia ser animada. Tive vários episódios de paralisia do sono. Num deles estava no corredor do liceu e apareceu-me um velhote que me agarrou para dizer alguma coisa. Mas de onde é que eu o conheço mesmo? Ah, quase sempre, quando saio do corpo o encontro. Falo com ele e ele comigo mas não consigo compreender o que falamos. Quando nos tocamos a sensação é de choque, algo muito estranho.

 

Mas isto é só o aquecimento para o grande momento da noite. Mais uma experiência fora do corpo através da paralisia do sono. Mais uma vez, não saí de dentro de casa…mas abri uma das janelas da rua. foi um ato consciente. Senti mesmo a minha mão a tocar o fecho da janela para depois a abrir. A sensação era do mesmo formigueiro que sentia há pouco no contacto com aquela pessoa que eu desconfio que é desencarnada mas sempre me encontra.

 

Atualmente as cordas estão sem roupa, daí eu conseguir perceber perfeitamente quem vai a passar na rua.

 

Ia um grupo de pessoas. Seriam estudantes. Vinham a fazer barulho. Eu resolvi fazer um teste. Eles não me iam ver porque eu estava fora do meu corpo mas queria ter a certeza.

 

Colocando-me em cima do patamar da janela disse:

_CUCU!

 

Tal como eu previa, eles seguiram normalmente e nem para cima olharam.

 

Agora esta parte já é um sonho normal. Estava com os meus amigos e estava uma noite de luar como eu nunca vi igual. A Lua estava redonda e perfeita. Eu queria tirar uma fotografia mas não conseguia virar a câmara. Nos sonhos é sempre assim.

 

De repente notei uma enorme bola aos meus pés. Uma bola daquelas grandes de ginástica- uma fitball. Quando olhei para cima, já não havia Lua.

 

O que eu via no Céu seria, de certa forma, aquela bola a refletir em alguma coisa para fazer de Lua.

 

Refletia nisto quando acordei.