Sunday, June 25, 2023

A praia ali tão perto

 

Bem, fazem praias artificiais em  tanto sítio, por que  não ali?

 

O sonho que tive antes da minha inusitada ida onírica á praia esvaiu com o passar da noite. Só me lembro que envolvia gatinhos e um fogo posto para os eliminar.

 

Começo a descrever os sonhos desta noite a partir do momento em que me ponho a pé em direção a vila Nova de Monsarros, como tantas vezes fiz ao longo da minha outra vida.

 

O  caminho era muito real, tal como eu me lembro de o percorrer, com subidas e descidas acentuadas. Aqui a novidade é que havia agora uma praia ali por perto. Não deu muito bem para perceber se era marítima ou fluvial.  Qualquer uma  das hipóteses ali seria muito difícil mas já vi fazerem praias artificiais em sítios piores.

 

A  praia estava a ser frequentada por imensas pessoas, apesar de o dia estar algo nublado. Havia muitos jovens e crianças por ali a rir e a falar.

 

Entrava  lentamente na água. Estava vestida e com a bolsa onde normalmente guardo os meus pertences ainda á cintura.

 

A praia tinha ondas e eu, a certa altura, provei a água para ver se ela era doce ou salgada. Constatei que era salgada e fui mais para a frente.

 

Constatei com horror que a minha bolsa estava aberta e já tinha metido alguma água. Numa primeira instancia, não encontrava a carteira nem o telemóvel. Depois, passado o pânico e procurando melhor, acabei por os localizar e constatar com alívio que ainda estavam secos.

 

Á minha frente andava um jovem com uns calções azuis que lhe tinham escorregado com a força de uma onda. Trazia as nádegas completamente á mostra mas não se preocupava nada com isso.

 

Preocupada e mais uma vez em pânico fiquei eu quando alguma coisa mexia no meu cabelo. Com a manga da camisola que ainda trazia vestida apertei na mão um enorme inseto que depois lancei à água depois de constatar que não havia o perigo de ele me ferrar.

 

Regressei a casa fazendo o caminho inverso, naturalmente, com a promessa de voltar no dia seguinte.

 

No comments: