Nestas coisas quem sempre sofre é o Onofre.
Ainda o meu subconsciente a processar cenas do quotidiano.
Sonhei que, mais uma vez, ia ver um jogo do Porto ao Estádio do Dragão.
Andava ansiosa e numa azáfama tremenda. Não sabia o que levar vestido. Estava a verificar se tinha tudo em ordem, se a bateria do telemóvel estava bem carregada para tirar fotos…
Era um final de tarde de verão. Ás oito horas ainda era de dia. O jogo começava também ás nove e um quarto da noite. Eram oito e meia e eu ainda na casa de banho a preparar-me. Mas há muito que a minha boleia já devia ter vindo. Neste andar não chegamos ao Porto. Bem, estava em casa dos meus pais. Era mais perto.
Mas com quem é que eu ia ao futebol? Com…José Mário Branco, imagine-se. De onde tirei a ideia? Da nossa peça de teatro, com certeza. O tema da nossa peça de teatro era “Onofre” de José Mário Branco.
O meu pai tinha a televisão ligada. Já anunciavam a constituição das equipas. Era um jogo mais antigo entre o Porto e o Gil Vicente. Seria um jogo dos anos noventa.
Um carro branco parou na rua. era José Mário Branco finalmente.
Ele trazia uns calções rosa sujo bastante curtos que lhe deixavam todas as coxas á mostra. Certamente vinha da praia.
Como se não bastasse já estarmos atrasados e o jogo já ter começado, eis que ele começou a brincar dizendo graças á minha vizinha que, como sempre, estava sentada no terraço da sua casa a ver quem passa na rua.
Acordei com outra música do cantautor português já falecido na minha cabeça: “qual É A Tua Ó Meu”.
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