Foi numa manhã cinzenta, fria e algo chuvosa que me voltei a
deslocar ao Choupal no prazo de vinte e quatro horas para mais uma caminhada.
Se a manhã anterior até esteve bem agradável, neste Domingo levámos com o vento
e alguns pingos de chuva.
Tinha combinado encontrar-me com um colega de caminhadas que
me levaria até ao Choupal. Chegados lá, encontrei a minha companheira de
treinos e de provas de Miranda do Corvo. Agora só nos vemos neste evento. São coisas
da vida. Não me esqueço que ela ainda é responsável pelo meu recorde pessoal
nos cem metros na primeira vez que nos vimos. A partir daí fomo-nos encontrando
até que em 2004 fui para Miranda do Corvo e treinámos juntas. Estava a ser bom
para nós duas a parceria no treino mas tudo mudou assim de repente, como já
devem saber.
Antes de iniciarmos a caminhada, ainda houve um senhor que
nos explicou a sua paixão pelas aves do Choupal. Como demonstração, mediu,
pesou e marcou dois pássaros- uma carriça e um pisco.
Não dava muito para estarmos parados porque o vento frio
incomodava um pouco e ameaçava chover. O grupo era extremamente numeroso, como
sempre costuma ser neste evento, e era composto por diferentes tipos de
pessoas, com diferentes ritmos. Era difícil ultrapassar ali naqueles locais que
tão bem conheço.
Sem protecção para a chuva que ameaçava cair, embora não
caísse com muita intensidade, tive de me contentar com o capuz da camisola que
sempre protegia alguma coisa, embora não fosse o ideal.
Pelo caminho ainda fomos parando para ouvir as explicações
de outro senhor sobre o Choupal. O problema era mesmo estarmos parados a
arrefecer com aquele vento a fustigar constantemente a nossa cara.
Nestas circunstâncias em que vai muita gente e o grupo
parte-se inevitavelmente, não dá para ir com os nossos companheiros. No início
até dá mas depois há sempre aquelas paragens, as pausas que nós fazemos para
tirar fotos, uma ocasião em que os que iam atrás passaram a ser os da frente e
vice-versa, não me lembro por que foi…
Com tudo isto acabei por perder o meu colega que me levaria
de volta até à estrada. O numeroso grupo que seguia à minha frente ficou todo
no local onde havia muitos veículos estacionados. Tinha fixado que o carro dele
era cinzento e ficou perto de um preto. Foi precisamente onde existia um carro
preto e um cinzento que fiquei a apanhar frio. Bem feita, Toupeira Dum Raio!
Felizmente que há telemóveis mas a Toupeira Dum Raio, apenas
com a referência de dois carros foi para ali e continuou a esperar. Afinal, a
Toupeira Dum Raio estava aí a escassos cinquenta metros da entrada principal do
Choupal. Era só andar um pouco para baixo.
Mas como saí eu dali nos outros anos? Depois lembrei-me que
houve mais gente da ACAPO que participou nos anos anteriores. Este ano não se
aventuraram a ir porque a nossa caminhada tinha sido na véspera.
Apesar de ter ido comer uma pizza quente, cheguei a casa
gelada até aos ossos. Nem sabia que estava assim tanto frio.
Seguem algumas fotos. O dia não estava de feição para
fotografias e, quando faltaram as pilhas na máquina, não as substituí. Sempre
se arranja alguma coisa.
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