Wednesday, March 25, 2015

Encontros e desencontros no Choupal






Foi numa manhã cinzenta, fria e algo chuvosa que me voltei a deslocar ao Choupal no prazo de vinte e quatro horas para mais uma caminhada. Se a manhã anterior até esteve bem agradável, neste Domingo levámos com o vento e alguns pingos de chuva.

Tinha combinado encontrar-me com um colega de caminhadas que me levaria até ao Choupal. Chegados lá, encontrei a minha companheira de treinos e de provas de Miranda do Corvo. Agora só nos vemos neste evento. São coisas da vida. Não me esqueço que ela ainda é responsável pelo meu recorde pessoal nos cem metros na primeira vez que nos vimos. A partir daí fomo-nos encontrando até que em 2004 fui para Miranda do Corvo e treinámos juntas. Estava a ser bom para nós duas a parceria no treino mas tudo mudou assim de repente, como já devem saber.

Antes de iniciarmos a caminhada, ainda houve um senhor que nos explicou a sua paixão pelas aves do Choupal. Como demonstração, mediu, pesou e marcou dois pássaros- uma carriça e um pisco.

Não dava muito para estarmos parados porque o vento frio incomodava um pouco e ameaçava chover. O grupo era extremamente numeroso, como sempre costuma ser neste evento, e era composto por diferentes tipos de pessoas, com diferentes ritmos. Era difícil ultrapassar ali naqueles locais que tão bem conheço.

Sem protecção para a chuva que ameaçava cair, embora não caísse com muita intensidade, tive de me contentar com o capuz da camisola que sempre protegia alguma coisa, embora não fosse o ideal.

Pelo caminho ainda fomos parando para ouvir as explicações de outro senhor sobre o Choupal. O problema era mesmo estarmos parados a arrefecer com aquele vento a fustigar constantemente a nossa cara.

Nestas circunstâncias em que vai muita gente e o grupo parte-se inevitavelmente, não dá para ir com os nossos companheiros. No início até dá mas depois há sempre aquelas paragens, as pausas que nós fazemos para tirar fotos, uma ocasião em que os que iam atrás passaram a ser os da frente e vice-versa, não me lembro por que foi…

Com tudo isto acabei por perder o meu colega que me levaria de volta até à estrada. O numeroso grupo que seguia à minha frente ficou todo no local onde havia muitos veículos estacionados. Tinha fixado que o carro dele era cinzento e ficou perto de um preto. Foi precisamente onde existia um carro preto e um cinzento que fiquei a apanhar frio. Bem feita, Toupeira Dum Raio!

Felizmente que há telemóveis mas a Toupeira Dum Raio, apenas com a referência de dois carros foi para ali e continuou a esperar. Afinal, a Toupeira Dum Raio estava aí a escassos cinquenta metros da entrada principal do Choupal. Era só andar um pouco para baixo.

Mas como saí eu dali nos outros anos? Depois lembrei-me que houve mais gente da ACAPO que participou nos anos anteriores. Este ano não se aventuraram a ir porque a nossa caminhada tinha sido na véspera.

Apesar de ter ido comer uma pizza quente, cheguei a casa gelada até aos ossos. Nem sabia que estava assim tanto frio.

Seguem algumas fotos. O dia não estava de feição para fotografias e, quando faltaram as pilhas na máquina, não as substituí. Sempre se arranja alguma coisa.



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