Sunday, March 29, 2015

“It’s My Life”- Dr. Alban (Música Com Memórias)





Como é um doutor que canta isto, por acaso as minhas memórias com esta música têm a ver com a saúde…ou com a falta dela. Isto vai partir tudo!

Era uma sexta-feira de Julho dos inícios dos anos noventa. Na rádio tocava muito esta música, escusado será dizer.

Esse dia amanheceu algo conturbado lá em casa, pois a minha mãe não se sentia bem. Terá comido umas sardinhas cozidas com batatas que não lhe caíram bem. O meu pai deve ter ido trabalhar bem cedo e a minha irmã tiritava na cama com dores num dente.

Eu levantei-me nessa manhã e fui preparar uns cerais com chocolate. É graças a esse dia que eu não como ainda hoje cereais com chocolate. Enjoei-os e ponto final.

Como a indisposição da minha mãe se agudizou e a dor de dentes da minha irmã também não passava, as duas foram até ao hospital, enquanto que eu fiquei em casa a ouvir rádio. Lembro-me que vestia uma camisola com riscas azuis e brancas e umas calças de ganga. Fui-me deitar um pouco a dormir mas, a certa altura, comecei a sentir frio, muito frio mesmo. Levantei-me e fui vestir uma camisola vermelha e cinzenta de manga comprida. As coisas de que me lembro!

Foi então que reparei que algo não estava bem. Não era normal sentir tanto frio. Estávamos no Verão e, além disso, não me sentia bem.

A noite caiu e a minha mãe e a minha irmã regressaram do hospital. Foi nessa altura que dei conta de que estava cheia de febre. Normalmente costumava ter febre devido a inflamações de garganta ou gripe, nunca havia sentido febre assim do nada e assim tão de repente.

Não sabia o que se estava a passar comigo. Não era normal ter assim febre sem motivo aparente. E não era assim uma febre de nada. Devia estar com a temperatura bastante elevada. Tentava comer alguma coisa mas não conseguia. Sentia-me nauseada.

Estive assim aí uns três dias. A minha mãe continuava com o seu problema gastro-intestinal que levava a que fosse o meu pai a tratar dos animais, a minha irmã tomava medicação para um dente e eu ardia em febre na cama, com a consciência a ir e a vir ao som da música que ia tocando na rádio.

Além dessas peripécias de saúde, tivemos conhecimento por essa altura que a nossa grande amiga Cristina tinha sido acometida de apendicite.

Três dias duraram estes constrangimentos lá em casa. Na segunda-feira a minha mãe já se encontrava melhor e a minha febre, tal como veio, desapareceu.

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