Sunday, March 10, 2024

Dezoito anos

 

Quem diria que este meu humilde espaço completa hoje a maioridade.

 

Neste dia de eleições legislativas em que cada um de nós exerce o direito cívico que nos compete de escolher quem queremos que nos governe, um sinal de democracia que conquistámos há quase cinquenta anos, exercer o poder democrático é também transcrever para o papel ou para o teclado, neste caso, os nossos pensamentos sem que para isso tenhamos de ser cobrados.

 

É assim este espaço há dezoito anos atrás. Um espaço intimista onde as minhas ideias, os meus pensamentos, mesmo o meu subconsciente aqui tem voz ativa.

 

Ao longo destes dezoito anos, este espaço sofreu algumas transformações, adaptando-se a diferentes fases da minha própria vida.

 

O que começou por ser uma simples experiência com contornos mais de diário é hoje um espaço quase inteiramente voltado para o meu interior. Em virtude de transformações recentes, o pensamento consciente ou inconsciente, a criatividade e o comentário aos livros são os pilares deste blog nos dias de hoje.

 

Sem ser um espaço voltado exclusivamente para o comentário ou a crítica literária, grande parte dos escritos hoje apresentados debruçam-se sobre a leitura, precisamente por ser parte da minha vida. Em cada comentário a um livro, está explanado o que penso ou o que sinto, a  identificação ou não com os personagens ou temas abordados no livro.

 

Tenho pena de  ultimamente não ter aqui trazido textos de ficção escritos por mim ou mesmo poemas. Tenho alguns que escrevi para outras ocasiões, que não para o blog, que aqui irei trazer mas um bom livro e que me diga algo leva-me a dar a minha opinião sobre determinados assuntos. É um bom pretexto para abrir a alma e os horizontes. Como exemplo disso há o texto anterior a este que não me deixa indiferente e me leva a questionar por que é que o Ser Humano tem de ser tão rígido para quem é diferente sem ter culpa sequer de ser assim?

 

Muitos dos meus textos, por mais comentários a livros que sejam, exprimem bem o que sinto sobre tudo o que me rodeia e que, ficcionado ou não, me coloca nos dedos aquela vontade irresistível de debitar a minha opinião.

 

Assim se vai alimentando este meu humilde e simples espaço. Enquanto houver pensamento livre de quem escreve e de quem comenta, este espaço não morrerá.

 

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