Agatha, trinta e oito anos, solteira, operadora de supermercado. Maior sonho? Ser mãe a todo o custo.
Quando Agatha vê Meg no estabelecimento onde trabalha, logo a inveja. Ela está grávida, aparentemente tem uma família feliz com um marido que a ama e, especialmente, com dois filhos. Agatha tem de se aproximar de Meg.
As circunstâncias da vida de Agatha não foram fáceis, engravidou aos quinze anos fruto de uma relação abusiva e os seus pais, uma vez que ela decidiu ter a criança, deram-na para adoção sem o seu consentimento. Depois ela casou e dificilmente levava uma gravidez até ao fim. Como era sortuda, essa Meg, por já ter um casal de filhos e ter engravidado por acaso do terceiro rebento!
Ela começou a urdir um plano. Isso não ia ficar assim. Ela tinha de sentir o prazer da maternidade que tão cedo lhe foi negado. Nem que tivesse de ir até ás últimas consequências.
Dizem que as mulheres veem na maternidade o ponto máximo da sua realização pessoal, a razão de ser e de viver. No fundo, a natureza de ser mulher. Apesar de eu não sentir de todo o chamamento da maternidade e da família, não consegui ver esta mulher como uma vilã implacável. Apenas buscava essa realização que tão abruptamente lhe foi negada.
Um excelente livro!
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