Monday, December 26, 2016

Peripécias oníricas de alta qualidade

Cada vez me surpreendo mais com o meu subconsciente. Há sonhos que parecem filmes mas com argumentos bem refinados, dignos de merecerem mesmo um prémio.

Começo por ter sonhado que fui mandada parar por fiscais que me disseram sem rodeios que eu estava em incumprimento. Nessa altura ia eu a fazer uma caminhada com um colete muito engraçado. Em vez de ser fluorescente, era estampado com cores garridas. Via-se na mesma. Estava acompanhada de um grupo de gente da ACAPO e do meu grupo de caminheiros. Talvez ainda resquícios do convívio de fim de semana com os dois grupos.

Estávamos a rir de piadas que íamos dizendo. Nisto vem alguém e chama-me para trás. Mas o que foi agora? Estava ali tão bem. Ainda corada de riso e com o meu colete colorido vou ver o que me quer a criatura. Com um ar austero, não querendo saber se estava ou não a interromper o meu divertimento (mortinha por me colocar outro semblante no rosto devia estar essa criatura) lá me foi dizendo que eu tinha de pagar uma multa...porque não tinha feito o exame médico. Ora essa! Então ainda há três meses fiz um...A criatura teimou comigo e eu com ela. Estava capaz de lhe bater.

Por falar em exames médicos, num início de noite, estava eu à porta de minha casa a ver quem passava na rua. A minha mãe esperava e desesperava por um médico que tinha ficado de vir buscar um cabrito ou um coelho mas nunca mais aparecia. Esperámos toda a noite mas o senhor terá vindo quando lhe apeteceu- de manha cedo.

A minha mãe foi argumentando que esteve até tarde à espera dele. Sem lhe dar cavaco, o senhor vai direto à casa de banho. Nada a opor. Não fecha a porta. Em vez disso, abre uma janela que dá da casa de banho para o pátio. Então, sem mais delongas, senta-se no peitoril da janela que não é muito alta e...manda-se de costas para o pátio, aterrando no monte do estrume.

A pingar excrementos, o homem começou a acusar a minha mãe de o ter empurrado dali abaixo, imagine-se. Esse seria sempre o seu plano inicial, sabe-se lá com que motivos maquiavélicos.

O despertador tocou. Estava incrédula com o presente de Natal antecipado com que o meu subconsciente me brindou. Quem se ia lembrar de uma coisa destas?


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