Cada vez me
surpreendo mais com o meu subconsciente. Há sonhos que parecem
filmes mas com argumentos bem refinados, dignos de merecerem mesmo um
prémio.
Começo por ter
sonhado que fui mandada parar por fiscais que me disseram sem rodeios
que eu estava em incumprimento. Nessa altura ia eu a fazer uma
caminhada com um colete muito engraçado. Em vez de ser fluorescente,
era estampado com cores garridas. Via-se na mesma. Estava acompanhada
de um grupo de gente da ACAPO e do meu grupo de caminheiros. Talvez
ainda resquícios do convívio de fim de semana com os dois grupos.
Estávamos a rir de
piadas que íamos dizendo. Nisto vem alguém e chama-me para trás.
Mas o que foi agora? Estava ali tão bem. Ainda corada de riso e com
o meu colete colorido vou ver o que me quer a criatura. Com um ar
austero, não querendo saber se estava ou não a interromper o meu
divertimento (mortinha por me colocar outro semblante no rosto devia
estar essa criatura) lá me foi dizendo que eu tinha de pagar uma
multa...porque não tinha feito o exame médico. Ora essa! Então
ainda há três meses fiz um...A criatura teimou comigo e eu com ela.
Estava capaz de lhe bater.
Por falar em exames
médicos, num início de noite, estava eu à porta de minha casa a
ver quem passava na rua. A minha mãe esperava e desesperava por um
médico que tinha ficado de vir buscar um cabrito ou um coelho mas
nunca mais aparecia. Esperámos toda a noite mas o senhor terá vindo
quando lhe apeteceu- de manha cedo.
A minha mãe foi
argumentando que esteve até tarde à espera dele. Sem lhe dar
cavaco, o senhor vai direto à casa de banho. Nada a opor. Não fecha
a porta. Em vez disso, abre uma janela que dá da casa de banho para
o pátio. Então, sem mais delongas, senta-se no peitoril da janela
que não é muito alta e...manda-se de costas para o pátio,
aterrando no monte do estrume.
A pingar
excrementos, o homem começou a acusar a minha mãe de o ter
empurrado dali abaixo, imagine-se. Esse seria sempre o seu plano
inicial, sabe-se lá com que motivos maquiavélicos.
O despertador tocou.
Estava incrédula com o presente de Natal antecipado com que o meu
subconsciente me brindou. Quem se ia lembrar de uma coisa destas?
No comments:
Post a Comment