Apesar de a minha
avó ter falecido há muitos anos, sonho sempre que ela não morreu
nesse longínquo ano de 1989 mas sim numa altura qualquer mais
recente.
Desta vez velavam a
minha avó na sala de minha casa e mais outro familiar meu que foi
mudando ao longo do sonho. A minha avó, essa manteve-se sempre como
um dos entes queridos a quem prestávamos as últimas homenagens. De
referir que acordei e adormeci várias vezes e sempre o sonho, por
mais que eu não quisesse, foi dar à sala de minha casa onde jaziam
dois caixões. Eu sentia repulsa em sequer me aproximar deles. Estava
triste. O clima era de pesar mesmo.
Numa das ocasiões,
dava por mim a revolver uma mala que ficava perto do local onde se
encontravam os dois caixões, tentando sempre desviar os olhos. O
clima ali estava estranho. Por mais que revolvesse a mala da roupa,
apenas encontrava roupa vermelha. Nada de peças de outras cores mais
sóbrias e condizentes com o luto que estávamos a viver.
Já era dia e eu
ainda a sonhar com estas coisas. Afinal não valeu mesmo nada ter
ficado a dormir mais tempo, aproveitando o feriado.
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