Este texto só vai
lá mesmo com a música apropriada.
É Dezembro. As
pessoas são imediatamente tomadas de um estupor e de uma pasmaceira
quase doentia. Onde quer que haja um estabelecimento comercial, é
ver alguém ali perdido em pensamentos e a congeminar o que vai
comprar.
Só se vêem pessoas
paradas nos passeios, atrapalhando quem já vai com pressa para mais
uma jornada de trabalho. Nem reparam que alguém se aproxima, tão
embevecidas que estão a olhar para as montras iluminadas e coloridas
das lojas.
Se por acaso alguém
passa e lhes toca acidentalmente, até pulam de susto. É que, de
repente, aquela loja ganhou novas cores no seu subconsciente em
vigília. Já se imaginam a sair de lá com sacos difíceis de
transportar de tantas compras que fizeram.
Se acaso alguém se
lembrasse de filmar as ruas neste mês de Natal, daria ali belos
vídeos de umas espécie de Manequim Challenge espontâneo. É que as
pessoas não se mexem de ao pé das montras. Estão mesmo ali com o
seu melhor ar sonhador. Se calhar há quem tenha tentado fazer
propositadamente o Manequim Challenge e esteja com mais vontade de
mexer do que quem esteja a olhar para uma montra enfeitada de uma
loja.
Continuo no meu
passo apressado. Também reparo no que está nas lojas mas outros
valores mais altos se levantam. Tenho de ir trabalhar. Ficar ali
especada no meio do passeio a contemplar montras não me dá de
comer. É a vida!
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