Nem de propósito, o tema que aqui trago hoje vem mesmo a
calhar para a temática da memória agradável para a qual me transporta.
Eu já não ouvia esta música há bastante tempo e foi bastante
agradável voltá-la a ouvir, apesar de não ser propriamente uma das minhas
favoritas.
“Ela é um mistério para mim”. Isso podia dizer eu de
qualquer pessoa que fazia rádio em finais dos anos oitenta e inícios dos anos
noventa. Aquela magia era única, fazia com que eu viajasse acordada ao som das
músicas que essa mesma pessoa passava. Não só a cara da pessoa que fazia o
programa era um mistério para quem ouvia, como também seria um mistério e uma
surpresa a música que se seguisse a esta que passava. Hoje é tudo muito
previsível graças aos avanços tecnológicos. Perdeu-se um pouco essa magia, no
meu entender.
Passei horas a fio a imaginar como eram as pessoas que
estavam do outro lado a fazer-me sonhar, não só através das músicas que iam
passando, mas sobretudo através de uma imagem que fazia delas. Chegava mesmo a imaginar aventuras em que
elas entravam e, não poucas vezes, imaginava-me a mim também do outro lado a
passar música, a surpreender ainda mais com as minhas arrojadas escolhas
musicais, a fazer os outros sonhar também comigo através da minha voz.
De referir que cheguei a conhecer algumas das pessoas que
estavam do outro lado, apenas uma pequena parte. De algumas fui bastante amiga
mas, devido às circunstâncias da vida, perdi-lhes o rasto. Posso dizer que
acertei quanto a uma delas, curiosamente uma grande amiga.
Eram assim esses tempos. hoje uma sensação agradável
invade-me sempre que ouço estas músicas
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