Ainda não eram duas da manhã, a julgar pela música que ainda
passava no rádio que tinha deixado ligado. Ainda não tinham passado duas horas
e parecia que toda uma noite de sono e de agitação onírica já havia passado.
Bem, voltou a acontecer a mesma coisa de há dias. Desta vez
não eram cadáveres em decomposição que me atormentavam. Era mesmo alguém que se
tinha magoado a valer com uma ferida horrível na cabeça que não parava de
sangrar.
Aparentemente esse jovem ainda estava vivo e passeava-se
assim pela rua. Tentava desesperadamente estancar o sangue e tapar a ferida com
uma ligadura e bastante adesivo. O sangue jorrava e fazia uma espécie de
crosta. Nada segurava ali.
E onde é que entram aqui os mesmos gatos do sonho anterior? Mais
uma vez, eram gatos que também se encontravam bastante feridos e vinham assim
ter a casa. Se calhar ainda me inquietava mais com as lesões dos gatos do que
com a de um Ser Humano. Por menos que tenha contacto com ele ou o conheça.
Mais uma vez, assolavam-me sentimentos de medo e de repulsa,
embora em menor escala do que da outra vez.
O resto da noite prometia mas enganei-me. Dormi
tranquilamente até de manhã.
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