Já aqui tenho dito que os sonhos dão por vezes grandes ideias para contos de terror. Serão porventura a principal inspiração.
Este que agora trago está muito pouco desenvolvido porque muita coisa se perdeu algures na madrugada entre a passagem ténue do subconsciente para um leve estado de vigília que pouco durou.
Estávamos reunidos num local desconhecido que tinha um ar um pouco sinistro. O clima que reinava também não era melhor. Como explicar isto? Apesar de se estar a confraternizar e a comer presunto e outros petiscos, algo de funesto, de pesado reinava ali.
Havia uma falha nuns degraus que davam para outra divisão e era dali que parecia vir toda a energia negativa daquele lugar. Eu não estava bem ali e outras pessoas já se tinham dali afastado também.
Alguém entre os presentes contou então uma história que veio dar resposta aos nossos desassossegos. Estava alguém sepultado mesmo por baixo desses degraus. Se se quebrasse o mármore que os envolvia, ia deparar com um cadáver, não com um esqueleto, pois havia pouco tempo que o incidente se tinha dado.
Não terá sido um crime que deu esta sepultura ao indivíduo como última morada. Apenas um incidente como já tenho ouvido contar muitos por aí. Há quem fique emparedado em pilares de pontes e afins.
A expectativa aqui era saber se alguém ia pegar numa marreta e destruir os degraus para expor um nauseabundo cadáver que surgisse de lá das profundezas. Ah, convém explicar que eu tenho medo de cadáveres nos sonhos, o que não acontece na vida real.
Acordei quando se discutia entre os presentes a destruição ou não daqueles degraus.
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