Quando sou confrontada com as perseguições e os atentados terroristas em nome de Deus, logo recordo que os Cristãos não têm moral nenhuma para condenar os muçulmanos, pois as maiores carnificinas e perseguições da História em nome de Deus contaram com a conivência de altas esferas da igreja.
Este é mais um livro que retrata a perseguição aos Judeus em Lisboa levada a cabo no início do século dezasseis. Depois veio a Inquisição e continuaram a queimar seres humanos vivos na fogueira, a entornar azeite a ferver nas pessoas e muitas outras formas de tortura que roçam o hediondo. Ao menos os muçulmanos decapitam. A pessoa tem morte imediata.
Eu disse e continuo a dizer que Deus nenhum é responsável pela crueldade humana. As religiões, sejam elas quais forem, são feitas por homens que, no caso da igreja Católica, tiveram necessidade de impor a ordem social através do medo de algo quee as massas não pudessem atingir. Assim impuseram uma Fé a grande parte do mundo, muitas vezes á custa da violência que é retratada neste livro, neste caso, obrigando os Judeus á conversão forçada.
O protagonista deste livro vai por conta própria investigar a morte do seu tio que era um cabalista e foi brutalmente assassinado na cave da sua casa. Imediatamente a culpa recaiu sobre os Cristãos que nessa altura levaram muitos judeus para uma enorme fogueira no rossio.
Ele narra as suas diligências em livro que deixa em Constantinopla para onde fugiu das perseguições cristãs.
Uma parte deplorável da nossa história aqui retratada em romance. Fiquei a compreender melhor por que foi recentemente dada a nacionalidade portuguesa aos judeus sefarditas. Trata-se de um reparo devido a toda esta história lamentável.
Sempre a aprender…
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