De volta a rosário alçada Araújo que nos traz um conto infantil sobre a importância da leitura e da escrita na criatividade e imaginação dos mais novos.
Eu nunca necessitei que alguém me instasse a ler ou a escrever. Fazia isso com genuína naturalidade. Também gostava de desenhar, algo que, devido ás minhas circunstâncias, atualmente não me é possível.
Quando andava na escola, mais ou menos da mesma idade de João- o protagonista deste conto- adorava fazer composições e desenhos. Já se sabe que odiava Matemática.
No recreio, ficava a fazer companhia á professora que tricotava junto ao aquecedor. Eu tirava um dos livros da biblioteca e folheava. Não gostava muito de brincar com as outras crianças. Na companhia de um livro já me sentia bem.
Por acaso nunca mencionei que algum dia quisesse ser escritora. Acho que não é uma profissão que alguma criança mencione. Primeiramente, o dom e o jeito para escrever surgem mas os grandes escritores fizeram outras coisas antes de viverem só da escrita.
Stephen King era professor, Colleen Hoover era assistente social, Saramago era serralheiro e Fernando pessoa trabalhava num escritório. Existem ainda muitos escritores vindos do jornalismo, outros da escrita para cinema e televisão, outros simplesmente cuidam dos filhos ou dos pais e escrevem ao mesmo tempo. Tenho apanhado de tudo.
Há o conceito de que ninguém consegue viver da escrita ou poucos são os que o conseguem fazer. Conciliar a escrita com outra atividade é o que se é aconselhado a fazer até que surja aquele livro que seja um estrondoso sucesso e que seja lido por milhões.
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