E se…e se…e se…
Como se costuma dizer, a morte tem sempre uma desculpa ou ainda, nunca quer ser morte. Tratando-se de morte por acidente, estas questões colocam-se com maior frequência.
Vinte anos depois, a autora deste livro reflete se teve ou não culpa na morte do seu marido devido a um acidente de moto. Se não tivesse comprado uma nova casa, se não tivesse ligado à mãe e ficado a saber que o irmão ia de férias e não tinha onde deixar a sua moto de alta cilindrada, se tivesse ligado ao seu marido na véspera a pedir que não fosse buscar o filho de ambos á escola…
Quando há um acidente costuma-se dizer que é o Destino. Por acaso a pessoa não costuma passar por ali àquela hora, por acaso atrasou-se e ia mais depressa e quase nunca se atrasa, por acaso ia na rua quando um veículo desgovernado passou, nem devia ter ido trabalhar nesse dia mas o colega estava doente…
Ainda há poucos dias houve um acidente aéreo com um avião em São Paulo. Não houve sobreviventes. Houve um passageiro que tinha perdido esse voo e ficou agastado com um funcionário que ele culpou de ter perdido o avião que lhe ia tirar a vida. Hoje o passageiro agradece ao zeloso funcionário por ainda continuar vivo.
Enfim, são coisas que acontecem. Chamemos-lhe Destino ou Acaso. Conjugações de acontecimentos que levam á tragédia e nada podemos fazer para impedir o que já estava a ser cozinhado, quem sabe, antes de nascermos.
Quem fica pode-se questionar se podia ter impedido a tragédia se acaso fizesse algo diferente. Quem vai adivinhar que numa estrada qualquer a vida chega ao fim?
Um livro que dá que pensar.
No comments:
Post a Comment