Livro também com o título de “A Dança Das Estrelas”.
Trata-se de uma emocionante história baseada em factos reais e documentação sobre a época de pandemia da Gripe Espanhola que dizimou grande parte da população na europa.
Esta é a história de Julia que é enfermeira de uma maternidade em Dublin onde vida e morte se cruzavam. Para lá seguiam as grávidas que contraíam a doença e que eram gravemente afetadas, mais do que qualquer outra pessoa, pois as suas defesas estariam algo debilitadas por carregarem os seus fetos.
Já estão a ver as emoções fortes que se desencadeiam naquela pequena enfermaria, sempre com morte e vida de braço dado. Muitas vezes é preciso tomar decisões em milésimos de segundo para salvar uma mãe, um bebé ou ambos. Nem sempre é possível. Não é por acaso que temos aqui estas quatro mulheres. No primeiro caso a mãe sobrevive e a bebé não, no segundo caso mãe e filho morrem, no terceiro caso mãe e filha sobrevivem e, por último, a mãe morre mas o bebé sobrevive.
Também está aqui retratado o peso da igreja Católica na formação de mentes. Os lares de freiras por vezes são antros de maus tratos e Julia não vai deixar que o bebé que sobreviveu sem mãe seja mais um que vai ser maltratado pelas freiras que tratam órfãos e filhos fora do casamento como se fossem escravos.
Nem que para isso Júlia tenha de tomar a maior decisão de toda uma vida. De certa forma, ela ficou ligada àquele menino.
Ao ler este livro, traço um paralelismo com o que aconteceu há bem pouco tempo e a autora também escreveu este livro para assinalar os cem anos da Gripe Espanhola e porque estávamos depois a atravessar uma época semelhante com mais uma pandemia. As situações aqui retratadas do trabalho heroico de médicos e enfermeiras é muito semelhante.
Nestas alturas, os profissionais de saúde têm de ser mais do que humanos, não se importando de arriscar a própria vida para salvar a dos outros que juraram cuidar.
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