E começa a faina. Voltei a sonhar com trilhos, qual deles o mais engenhoso.
No meu sonho ainda via por onde andava, algo que já não acontece nos dias de hoje, como bem sabem. É por isso que eu concluo que, hoje em dia, é mais fácil eu embrenhar-me por estes caminhos nem sempre retos.
Ia um grupo enorme de pessoas e comentava-se ainda aquela jornada em Penacova. Diziam que este trilho que agora percorríamos era facílimo mas…
Primeiro advertiram para lama no chão. Em alguns sítios havia mesmo água. Era uma terra muito negra e cheirava fortemente a lama. Eu andava com cuidado para não molhar os pés. Estava quase a gabar-me que consegui passar quase sem sujar o calçado quando a vala da água ficou mais funda e enterrei os pés quase até aos tornozelos.
Mas o pior ainda estava para vir. Tínhamos de subir uns degraus manhosos que culminavam no topo de uma enorme árvore. Depois havia outra árvore com degraus como aqueles mas a descer para o outro lado. Não é a primeira vez que sonho com uma coisa destas mas, descansem, É impossível, digo eu, haver uma coisa destas na vida real.
E agora chegar ao outro lado? Que medo! Tínhamos de subir por um elástico, imagine-se. Aquilo nem era uma corda.
Com mãos trémulas e escorregadias, eu balançava no vazio. E se eu caía dali? Por mais que me gritassem de baixo para continuar, estava completamente paralisada.
Felizmente acordei e estava em terra firme.
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