Mais um livro da prémio Nobel da Literatura em 2022.
Neste livro, Annie Ernaux conta a história da descoberta da sexualidade em 1958 durante uma atividade numa colónia de férias.
Com uma educação muito conservadora, com uma enorme componente religiosa, a personagem que, já se sabe, é a autora, explora um mundo novo e apercebe-se que lhe era ocultada toda uma vida. Ela estava habituada apenas a conviver com meninas na instituição religiosa que frequentava. Era a primeira vez que se encontrava com o sexo oposto e isso acabou por influenciar a sua estadia nesta atividade.
Inevitavelmente ela explorou de uma forma exagerada toda a liberdade com que se deparou naqueles dias, adotando mesmo um comportamento promíscuo em relação ao sexo.
Isto viria a influenciar de certa forma a sua vida futura porque, segundo a própria escritora, a passagem de menina a mulher é um momento marcante na vida de uma rapariga.
De repente lembrei-me que a minha mãe estava contra nós irmos para um colégio de freiras justamente porque conhecia outras meninas que chegaram cá fora vindas desses ambientes e perderam anos de estudo por sempre namoriscarem com os rapazes que acabavam de descobrir.
Parece que Annie Ernaux- uma contadora de histórias por natureza- tem novo livro. Aguardo então que me chegue.
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