Mais um sonho com
terras longínquas que eu imagino bem diferentes do que eu jamais
conheci na minha vida.
Sonhei que estávamos
a fazer uma visita ao Norte de África com o objetivo de fazermos
caminhadas por essas inóspitas paragens. Na realidade, seria penoso
caminhar no deserto com altas temperaturas e sobre a areia. E se nos
perdíamos?
No sonho, não
estava a ser assim tão mau caminhar no deserto e isso
surpreendia-me. Era tudo plano...e em terra batida, imagine-se. De
onde a onde, havia pequenas construções baixas, normalmente de cor
branca. Sempre ouvi dizer que, no Alentejo, as casas são quase todas
brancas por causa do calor. Ali o princípio deve ser o mesmo.
Parámos justamente
numa dessas construções para descansarmos, comermos alguma coisa e
visitarmos uns berberes que se encontravam lá dentro a fazer uns
produtos artesanais em pele que venderiam a quem passava por ali como
nós.
Na verdade, eles não
faziam bem objetos em pele. Poderiam fazer alguns mas também curtiam
a própria carne dos animais e com ela faziam figurinhas que depois
secavam e ficavam tipo cortiça. Alguma da carne era de porco,
imaginem. Eles não a comiam e usavam-na para criar pequenas peças
com motivos de animais, normalmente camelos.
O espaço era
reduzido. Tratava-se de uma pequena casa, com uma divisão ainda
minúscula. Dois berberes de idade indefinida e pele morena, curtida
pelo Sol, vestidos de branco, ensinavam-nos a fazer dessas peças.
Uma espécie de workshop, portanto.
Depois disto,
voltámos a por pés ao caminho. As pequenas construções começaram
a ser cada vez menos.
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