Dois sonhos
distintos marcaram esta noite. Dois sonhos, cujos pormenores foram
apagados pelos primeiros sinais da vigília.
Vou tentar resumir o
que se passou. No primeiro sonho, estava algures num laboratório ou
algo do género. Foi-me dado para as mãos uma espécie de fóssil
que parecia já ter muitos anos. Esse fóssil parecia de pedra e
tinha a forma de um gato. Era muito frágil. A cabeça já estava
separada do corpo e parecia partir-se em lascas ao mais delicado
toque.
Era mesmo um gato.
Um gato de há muitos anos e que servia para aulas de Anatomia
Animal, se é que isso existe.
Acordei. Rapidamente
descobri qual a origem deste sonho. Li algures que tinha sido
encontrado um esqueleto antigo de um cão que media mais de dois
metros. O meu subconsciente converteu esse cão num gatinho.
Também parece vindo
do fado antigo o sonho que se segue. Este foi interrompido pelo
despertador. Um fado tradicional é um fado que se pode cantar com a
letra que quisermos. Só há bem pouco tempo é que eu soube disso.
Conhecia inúmeros fados com letras diferentes e com a mesma música
mas agora percebo porquê. No final deste texto, coloco o exemplo de
onde saiu a música do sonho. Só assim vão perceber do que eu estou
a falar.
Estava a passar
férias com um grupo de pessoas completamente desconhecidas. Umas
eram mais jovens e outras eram mais velhas. Dona Alzira era uma das
pessoas menos jovens do grupo e surpreendeu-nos ao puxar de uma viola
ou guitarra portuguesa. Ficámos abismados. O que é que a senhora ia
fazer com ela? Não a imaginávamos a saber tocar. Enganámo-nos. Ela
começou a dedilhar as cordas até a música fazer sentido. E um fado
surgiu. Ela cantava e tocava quando o despertador me acordou. Não
sei se era este fado com esta letra, se era outra letra que ela
inventou. A música era, sem dúvida, a deste fado que também
conheço com muitas outras letras.
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