Esta é mais uma
aventura da paralisia do sono, aquele estado em que nem estamos a
sonhar, nem em vigília. Na verdade, raciocinamos quando nos
encontramos nesse estado, mas o pensamento por vezes leva-nos por
caminhos tenebrosos e assustadores.
O segredo é
aprender a controlar a mente e a dominar o medo. Às vezes é difícil
porque os episódios não duram tempo suficiente para aclararmos as
ideias, digamos assim. Quando o episódio é mais prolongado, dá
para fazer coisas incríveis, inclusive brincar um pouco. Este já
não é o primeiro episódio que aqui narro. Desta vez não deu para
abandonar o corpo e ir para a rua. Esteve quase a acontecer mas
diverti-me...junto ao estore.
Dei por mim
levantada e a olhar para o estore corrido até cima. Depois, senti
muitas mãos que me puxavam ou agarravam. Não me assustei. Imaginei
que essas mãos seriam de pessoas que eu conheço ou de pessoas com
quem gostaria de estar e tudo se alterou. Eu fui tateando no escuro,
não encontrando quaisquer outras partes do corpo, que não fossem
mãos. Abertas, fechadas, quentes, frias...muitas agarrei e outras
agarraram as minhas.
A certa altura,
estranhei tocar numa mão tão grande que não podia, de maneira
alguma, ser mão de gente. Ainda me assustei mas logo retomei a
“brincadeira”.
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