Acordei depois de
longas horas a dormir. A julgar pela quantidade de sonhos, estaria
farta de dormir mas nunca pensei serem quase duas horas da tarde.
Imediatamente saltei da cama e saí para a rua para ir comer alguma
coisa.
Da vasta galeria
onírica desse longo tempo a vaguear sabe-se lá por onde, retiro
este inquietante sonho que me habituei que aconteça sempre que passo
longo tempo sem ir até casa.
O protagonista deste
sonho existiu mesmo mas julgo que já morreu há alguns anos. Tinha a
particularidade de se fazer transportar numa camioneta de caixa
aberta e, não raras vezes, aparecia lá já bem bebido. Sim, ele
morreu. Lembro-me de ter ouvido dizer. Acho que até foi de repente.
Só não percebo é como é que o meu subconsciente o foi buscar,
tratando-se de alguém que via ali de passagem.
Bem, esse senhor
apareceu à minha porta, como costumava fazer, e disse à minha mãe
que tinha atropelado um gato lá atrás. Um lindo gato, acrescentou
ele com a voz afetada da pinga.
A minha mãe logo
olhou para todos os lados para ver se por acaso a Adie estava em
casa. Imediatamente a começámos a procurar. A Feijoa estava ali,
logo não tinha sido ela. A minha mãe chamava a nossa gata em
desespero. Ela não aparecia.
As horas foram
passando e nada de Adie. Provavelmente foi mesmo a Adie que ele
atropelou. Era já noite quando ela finalmente apareceu sã e
salva...juntamente com outros gatos de outras cores.
Suspirámos de
alívio.
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