Com o decorrer dos
anos, vou-me apercebendo que afinal gosto bastante de algumas
músicas. Dou por mim a apreciar uma música que sempre ouvi como se
a estivesse a ouvir pela primeira vez. Aí acontece magia.
Cresci a ouvir esta
música, pode-se dizer assim. Ao contrário do que aconteceu com
outras que também ouvia nessa altura, nunca deixei de gostar desta
música mas hoje, prestando atenção à letra, gosto muito mais.
Perceber o sentido faz toda a diferença. Quando eu era pequena
simplesmente ouvia a música...e gostava. Há aí outro caso gritante
de outra música que, um dia, prestando atenção à letra, a passei
a adorar. Terei oportunidade de falar dessa música noutro post, até
porque acho que nunca falei dela.
Voltando a este tema
do Stevie Wonder, recordo de ter estado largas semanas em primeiro
lugar. Por acaso até gostava deste tema em primeiro lugar, ao
contrário do “Lover Why” dos Century- por acaso uma daquelas
músicas que eu detestava na altura e que agora adoro ouvir.
Tínhamos uma enorme
televisão ainda a preto e branco nessa altura. Eu não perdia um
programa do Top Disco ou Super 30, como mais tarde se veio a chamar.
A nossa televisão estava sempre avariada, lembro-me bem. Numa
ocasião, não dava imagem. Estava a passar esta música em homenagem
a mais uma semana na liderança do top. No ecrã aparecia uma enorme
mancha cinzenta com alguns riscos de um tom arroxeado, como os
relâmpagos.
Na altura passavam
mesmo aquela parte da música que normalmente é cortada. Aquela
parte que parece ter sido feita recorrendo a filtros ou algo assim.
Havia paciência para ouvir as músicas tal como eram. Agora não.
Têm de as cortar. Não concordo. Acho que, se o artista ou banda
criou a música com aquela duração, algum significado deve ter. Não
está ali só para enfeitar.
Hoje as musicas são
muito lineares. Tenho andado à procura da versão mais extensa desta
música. Não estou a encontrar. Paciência!
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