Wednesday, February 22, 2017

Quando se desce demais







Mais uma história passada naquele prédio onde estive há tempos e que aqui narrei as peripécias da primeira vez que lá estive.

Ontem já sabia onde me dirigir mas, tendo esperado algum tempo, não apareceu ninguém para a partilha de Reiki.

Fui-me contentando em ir sendo informada do andar do marcador dos jogos da Liga dos Campeões que por acaso tiveram muitos golos.

Esperei aí uma meia hora sentada no degrau. Chegando às nove horas, resolvi descer e ir-me embora.

Conforme referi há tempos, as luzes daquele prédio apagam muito rapidamente e eu não consigo descer as escadas depressa. Então tive uma ideia de génio: descia um lanço e esperava junto ao interruptor até que a luz se apagasse para a voltar a acender e voltar a descer. Assim não era surpreendida pela escuridão quando estivesse a meio do lanço de escadas. Não estava ali ninguém para me ajudar.

A certa altura, comecei-me a admirar dos inúmeros lanços de escadas que tinha descido mas não liguei.

Já não havia mais degraus para descer e deparei-me com uma porta de madeira fechada. Mas a porta que dá para a rua não é de madeira. Mau!

Inconscientemente, comecei a lembrar-me daquele filme de terror em que os protagonistas entram num edifício- no caso deles, uma antiga clínica- e não conseguem mais dar com a porta de saída porque ela simplesmente desapareceu. Não me lembrei disso com ar assustado, mas sim com ar divertido.

Deitei a mão à maçaneta da porta. Do andar de cima, chegavam sons do tráfego na rua. Havia agora que subir.

E finalmente saí para a rua. A noite não estava fria. Nem parece que estamos em Fevereiro.

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