Eu já disse que ir
de férias para África seria a úiltima coisa que faria nesta vida.
No entanto, o meu subconsciente tenta-me levar para lá. No outro dia
viajei até à República Centro-Africana. Agora fui até...à
Argélia. Também sei por que foi o sonho. Ontem o Nacional jogou com
o Marítimo e empatou a zero. O que é que isso tem a ver? Tudo. Para
além da eterna falta de alguém como o Saleh Gomaa, o Nacional
também sente falta do Hamzaoui que é argelino e, como sabem,
encontra-se ainda a recuperar da lesão sofrida em Chaves. Foi por aí
que o meu subconsciente pegou.
Não fui sozinha de
férias para a Argélia. Fui com um amigo meu e com alguns
familiares. Vi ali também a minha irmã. Bem, não sei se por ali há
praias. Sei que há deserto...e há montanhas. Comida também julgo
que deve haver…
E porquê a comida?
Porque é disso que trata o sonho. Podíamos ir para a praia, para o
deserto, para a montanha. Era à mesa que nos encontrávamos todos.
Só que aquilo era um pouco estranho. Nós não ficávamos ao pé das
pessoas que conhecemos. Houve uma altura em que fiquei rodeada de
perfeitos desconhecidos. Isso causou-me um certo deslocamento.
Resta dizer que
jantávamos ainda com o Sol a brilhar no horizonte. Dizem que se
janta muito tarde naquelas paragens, no meu sonho diria que se
jantava a meio da tarde. A comida pouco variava. Era sempre carne
assada com batatas. O que mais me aborrecia ali era...só haver vinho
tinto para beber, coisa que eu nem posso cheirar. Houve um dia em que
por acaso apareceu uma garrafa de litro e meio de água. Logo me
apoderei dela como se de um tesouro se tratasse.
O meu amigo chegava
sempre atrasado ao jantar. Depois ia mesmo lá para o fundo da mesa
que era onde havia lugar. Ficava eu ali rodeada de turistas já de
uma certa idade que, não havendo água e estando bastante calor, se
atiravam ao vinho tinto como se fosse o último néctar dos deuses.
Certo final de
tarde, resolvi dar uma vista de olhos naquele pequeno hotel que mais
parecia uma habitação rural. Os quartos eram muito estranhos. Em
nenhum deles havia luz e havia apenas umas débeis cortinas a fazer
de parede de uns para os outros. Em vez de camas, havia uns beliches
ou camaratas. Aquilo mais parecia uma pousada da juventude. É o mais
aproximado que encontro.
Acordei um pouco
divertida com mais esta alucinante viagem onírica.
No comments:
Post a Comment