Quando acordo e
estou largo tempo sem voltar a adormecer, é meio caminho andado para
sofrer um episódio de paralisia do sono.
Já lá vai o tempo
em que temia tais episódios. Desde que fiquei a saber o que era e
que, afinal, até se podia tirar partido desse estado em que o
cérebro nem está acordado nem a dormir, tento repetir o que se
passou em 2012, numa fria noite de outubro, numa altura em que eu
buscava algo diferente e obtive-o.
Dessa noite em
diante, muitas experiências mais ou menos significativas vivi mas
nenhuma como aquela.
Esta noite
escreveu-se mais um episódio também interessante. Tenho andado a
dormir mal por causa da gripe que me assolou na passada semana. Não
conseguia voltar a adormecer e eram quase três da manhã. Tinha a
impressão de ouvir pássaros a cantar lá fora. Não eram corujas ou
mochos, eram mesmo pássaros iguais aos que costumam andar de dia na
rua.
A certa altura,
pareceu-me ouvir uma rajada de vento solitária a abanar a janela.
Sobressaltei-me. A esta, não se seguiu outra. Pensando bem, já
estaria a dormir?
O episódio de
paralisia de sono surgiu. Logo me tentei lembrar do que tinha feito
da outra vez. Não resultou. Apenas fui dar a um local onde sei que
entrei por uma janela. Provavelmente a um quarto escuro onde alguém
estaria certamente a dormir. Talvez tenha mesmo ido ao meu quarto lá
em casa. Não deu bem para ver. Apenas tive de passar duas janelas.
Nada de extraordinário. Não vi ninguém.
Regressei ao meu
quarto. Já devia ser tarde.
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