Os últimos
instantes do velho ano extinguiam-se muito rapidamente. Na sala, a
minha mãe aquecia-se à lareira enquanto eu ia vendo o que postavam
nas redes sociais.
A correr, fui buscar
uma cerveja e o saco das passas para tirar doze , como manda a
tradição. Feijoa e Adie dormiam cada uma em seu canto. Assim que
soou a meia-noite, abri a cerveja e fui comendo as passas à medida
que pedia desejos para o novo ano que agora começava.
Assim entrei eu em
2017 mas há que fazer a rtetrospectiva do ano que passou.
Foi um ano normal no
capítulo da minha vida pessoal. Não houve grandes sobressaltos.
A nível do que me
foi rodeando, elejo como momento alto, naturalmente, a conquista do
Euro 2016 por parte de Portugal. Nesse dia estava com os meus amigos
a passar férias em São Martinho do Porto. Ainda hoje revejo esses
momentos como se de um sonho bom se tratasse. Saímos na carrinha da
ACAPO e percorremos a marginal já apinhada de gente que gritava e
saltava. Guardo ainda os vídeos no meu Instagram desses momentos de
sonho.
O menos positivo? A
perda de artistas que me habituei a ouvir ao longo da minha vida. De
uns gostava menos do que outros mas era normal. Lembro-me de ter
ficado chocada com as mortes de Prince e George Michael. Com a de
David Bowie também mas já lá vamos porque é justamente o
desaparecimento de David Bowie que figura como o post do ano deste
meu humilde espaço.
Sempre aqui relatei
experiências estranhas que se passam comigo e essa foi mais uma.
Para quem não leu esse post (logo dos primeiros de 2016), conto
rapidamente a história. David Bowie fazia anos a 8 de janeiro e
comemorou a data lançando aquele que seria o seu último álbum em
vida “Black Star”. No dia seguinte, 9 de janeiro, no programa
“Hotel Califórnia” da Rádio Renascença, homenageavam David
Bowie pelo seu aniversário e pelo lançamento do seu novo disco. A
certa altura, quando passava a música “Space Oddity” eu devia
estar tão concentrada a ouvi-la que dispersei completamente. Ainda
hoje não percebo o que aconteceu. Estava deleitada a ouvir aquela
música, como se a estivesse a ouvir pela primeira vez. Era algo
estranho. A certa altura pensei de forma inconsciente: Ele era de
facto um génio. Depois lembrei-me que se tratava de um artista que
ainda estava vivo e que as músicas estavam a passar porque acabava
de lançar mais um álbum. Passado um pouco, voltei a esquecer-me que
David Bowie ainda estava vivo. Por pouco tempo mas estava.
Foram muitas as
canções que ouvi, milhares delas seguramente, mas a que elejo como
a melhor é esta:
Em relação a
livros, o melhor que li foi “A Casa Misteriosa” de MarziaBisognin. Em suma, tanto na música, como na literatura, dei destaque
à Itália.
Não houve tempo
para ver filmes. Para ler também não houve muito. Espero em 2017
ter um pouco mais de disponibilidade para essas coisas.
Como não podia
deixar de ser, aproveito para desejar um Feliz 2017 a todos quantos
têm paciência para ler o que eu escrevo por aqui.
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