Ora aí está mais uma incoerência destas que só os sonhos nos
podem oferecer. Onde é que já se viu os carros funerários partirem para os
pinhais onde deflagram chamas?
A história conta-se em poucas palavras. Num Domingo
movimentado lá em casa com visita de pessoas que não conhecia e que se
preparavam para sair, acordei de uma sesta a horas indeterminadas da tarde.
Fui para o terraço observar o movimento na estrada que
estranhamente era muito. Por entre a caravana de veículos de toda a espécie,
cor e feitio, passaram dois que se distinguiam bem. Eram dois carros funerários
logo seguidos um ao outro. Eu comentei a situação com quem me quisesse ouvir e
logo me disseram “que devia haver fogo algures”.
Também perguntei à minha mãe pela Feijoa, pois não a tinha
visto desde que tinha chegado para o fim-de-semana. Ela disse que não a via há
dias. Olhei para cima da arca velha e ela lá estava enroscada a dormir.
Continuava a olhar para a estrada e parecia-me distinguir algo preto na berma
mas não podia ir até lá porque o tráfego era intenso.
Lembro-me de ter olhado para o relógio para ver as horas.
Alguém me disse que eram quatro e um quarto da tarde.
O despertador tocou. Fora mais uma noite mal dormida. Houve muito
barulho que eu não sei explicar de onde vinha tal chinfrineira.
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