Tuesday, February 17, 2015

“Eu, Peter Porfírio, O Maioral” (impressões pessoais)

Este livro do brasileiro Alaor Barbosa devia chamar-se antes “Ieu, Peter Porfírio, O Maioral” porque o personagem principal dizia “ieu” em vez de “eu”. Aliás, esta obra está escrita propositadamente em Português não muito correcto para que o leitor possa, de certa forma, escutar a voz do personagem.

Eu é que não achei esta obra particularmente interessante porque o tema abordado era muito enfadonho para mim. Peter Porfírio De Andrade só via lucro e cifrões à frente e só se gabava. Não havia nada que me prendesse muito a esta obra e será provavelmente uma das menos interessantes que irei ler este ano. Só assim se explicou o tempo que a demorei a ler. Por exemplo, o livro que li antes deste era muito maior e foi lido num ápice porque tinha todos os ingredientes de que gosto numa obra. Esta não. Não tinha mesmo nada que me prendesse, para além das expressões curiosas que o protagonista ia usando.

Eu cheguei mesmo a não suportar os quase monólogos que o protagonista ia tecendo para quem alegadamente o estava a ouvir. Se fosse eu a ter de o ouvir, já o tinha mandado calar há bastante tempo. Só se gabava e só via o lucro à frente, só pensava em dinheiro e colocava-o até acima dos valores humanos.

Esta obra valeu sobretudo por ser um romance de época (passa-se no tempo em que o Brasil enfrentava uma ditadura militar) e pelas expressões engraçadas que o protagonista usava de onde a onde. Seguem duas que me arrancaram alguns sorrisos:

“Comer frango magro e arrotar a peru”
“Eu te almoço antes que você me jante”

Também será um romance de época o que já me encontro a ler. Vamos até Berlim durante a Segunda Guerra Mundial.



No comments: