Este livro do brasileiro Alaor Barbosa devia chamar-se antes
“Ieu, Peter Porfírio, O Maioral” porque o personagem principal dizia “ieu” em
vez de “eu”. Aliás, esta obra está escrita propositadamente em Português não
muito correcto para que o leitor possa, de certa forma, escutar a voz do personagem.
Eu é que não achei esta obra particularmente interessante
porque o tema abordado era muito enfadonho para mim. Peter Porfírio De Andrade
só via lucro e cifrões à frente e só se gabava. Não havia nada que me prendesse
muito a esta obra e será provavelmente uma das menos interessantes que irei ler
este ano. Só assim se explicou o tempo que a demorei a ler. Por exemplo, o
livro que li antes deste era muito maior e foi lido num ápice porque tinha
todos os ingredientes de que gosto numa obra. Esta não. Não tinha mesmo nada
que me prendesse, para além das expressões curiosas que o protagonista ia
usando.
Eu cheguei mesmo a não suportar os quase monólogos que o
protagonista ia tecendo para quem alegadamente o estava a ouvir. Se fosse eu a
ter de o ouvir, já o tinha mandado calar há bastante tempo. Só se gabava e só
via o lucro à frente, só pensava em dinheiro e colocava-o até acima dos valores
humanos.
Esta obra valeu sobretudo por ser um romance de época
(passa-se no tempo em que o Brasil enfrentava uma ditadura militar) e pelas
expressões engraçadas que o protagonista usava de onde a onde. Seguem duas que
me arrancaram alguns sorrisos:
“Comer frango magro e arrotar a peru”
“Eu te almoço antes que você me jante”
Também será um romance de época o que já me encontro a ler.
Vamos até Berlim durante a Segunda Guerra Mundial.
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