Ando a sonhar muito com meios de transporte. Desta vez tinha
o dia inteiro para sonhar com algo, pois o tempo para dormir e descansar o
espírito era muito.
Sonhei que já estava atrasada para apanhar o comboio para Coimbra.
Alguém me estava a distrair e esse alguém era o Rapaz Das Calças Vermelhas. A
correr, fomos os dois para a estação e saltámos para dentro do comboio
justamente quando ele ia a arrancar da plataforma. Já não é a primeira vez que
sonho que entro assim para um comboio. Alturas houve mesmo em que não consegui
entrar. Desta vez consegui e o Rapaz Das Calças vermelhas também.
Arranjei um lugar isolado e o mais afastado possível de onde
tinha ficado o Rapaz Das Calças Vermelhas que optou por se sentar ao pé de outras
pessoas, ao contrário de mim que decidi me afastar.
Eu passava a viagem a olhar para ele mas não queria que as
outras pessoas topassem isso. Então eu disfarçava e olhava para a maravilhosa
paisagem que me chegava através da janela. Estava ali num dilema. De vez em
quando lá me distraía novamente e dava por mim a olhar para o Rapaz Das Calças
Vermelhas. Ia pensando na forma como ele se misturava com as pessoas, sem que
as pessoas que o rodeavam o conhecessem. Deviam-no conhecer. Ele é famoso. Ia
pensado e…oooops…lá estava eu outra vez a olhar para ele. Vira-te para a
janela, que é Primavera e os campos estão verdes e floridos!
Saí do comboio e ele ainda lá ficou. Estava junto ao Mondego
mas era uma representação onírica dessa zona de Coimbra que tão bem conheço (a
real e a onírica). Ali de facto existem carris na estada mas remontam ao tempo
em que ali parava o comboio que ia para a Lousã. Agora nenhuma composição ali
passa. No meu sonho ainda ali passava um comboio que tinha de apanhar.
Acordei, era bastante tarde. Ainda me lembro de sonhar com
uns petiscos mas não me recordo do que era. Mas este não seria o único sonho
que iria merecer destaque neste meu humilde blog. Já a seguir poderão ler outro
post com um sonho bastante diferente.
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