Este é um dos
livros do momento. Também já deu direito a um filme. Por acaso
estou curiosa para ver como pegaram na história para adaptar ao
cinema. Já tenho visto alguns filmes adaptados de livros e
normalmente fico dececionada porque, se fosse eu a adaptar, acho que
tornaria a história muito mais interessante. Há sempre algo que se
perde.
Esta história é
muito interessante. Quem é que nunca imaginou como seria a vida de
alguém que se cruza connosco na rua? Que se senta à nossa frente no
banco do autocarro? Que coloca as compras à frente das nossas no
tapete rolante da caixa de supermercado?
Por acaso eu até
tenho outra versão para esse exercício mental: imaginar como é a
vida de pessoas que eu apenas conheço do Instagram através da
postagem de fotografias ou de vídeos. Aí é um nunca mais acabar de
histórias que invento. O Facebook não dá para fazer isso porque no
Facebook conheço a esmagadora maioria das pessoas. No Instagram não
conheço as pessoas. Aí noventa por cento delas são de fora de
Portugal. Uma simples foto e a minha mente começa a trabalhar
freneticamente.
A personagem deste
livro- Rachel- dava nomes às pessoas que via da janela do comboio.
Eu não faço isso, apenas começo a conjeturar como está a correr a
vida da pessoa, o que fez antes de postar a foto, o que fará a
seguir. Complicado? Vamos a exemplos para apimentar isto! Vou
utilizar as duas pessoas que me aparecerem primeiro. Coitados!
O.E. (iniciais do
nome)- envergando a sua camisola vermelha de que tanto gosta, (grande
parte das suas fotos são tiradas com essa peça de vestuário),
segue pela rua com um largo sorriso nos lábios, assobiando baixinho
uma canção que ouviu na esplanada de um café que fica do outro
lado da rua onde ele se encontra agora.
E.S.- e lá se
passou mais um fastidioso dia de aulas! Agora é tempo de sentar,
relaxar, exibir um largo sorriso. Amanhã há mais mas isso agora
pouco importa. Há que aproveitar os momentos de puro ócio e
descontração.
Estão a ver como
isto funciona? Há que dar mesmo largas à imaginação, como também
fazia a Rachel. Ela chegou mesmo a confundir a vida que imaginou para
as duas pessoas que via da janela do comboio com aquilo que realmente
elas eram. Até lhes deu nomes e tudo. Depois veio a saber os nomes
verdadeiros deles e veio a descobrir que afinal eram pessoas com os
seus defeitos, tal como ela própria os tinha.
Também para grande
choque da Rachel, essas pessoas afinal faziam mais parte da vida dela
do que ela jamais imaginou. E como faziam!
É melhor vocês
lerem este livro. Vale bem a pena!
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