Foi
uma noite repleta de sonhos, cada um com as suas peripécias, quase
todos interligados. Vou desenvolver a parte final, aquela
imediatamente antes de acordar.
Antes
de narrar a história onírica ao pormenor, sonhei que havia uma
série de atividades na minha terra. Tinha de passar numa subida que
realmente existe e, enquanto os outros a subiam sem problemas...eu
gatinhava e via- os cada vez mais distantes. Nos sonhos é assim,
corro sempre mais devagar, muitas vezes gatinho ou rastejo e quase
sempre ando para trás.
Estas
atividades estavam associadas...ao estranho casamento da minha
irmã...com um inglês muito doido. Mas espera aí! A minha irmã por
acaso não é já casada? E que fazia a minha mãe ali no meio de
gente nova? Ela, que não gosta de ir a lado nenhum?
Bem,
houve uma altura em que toda a gente foi comprar suplementos
alimentares...aos chineses. Eu engoli logo uma mão-cheia de cápsulas
e fiquei com um speed incrível. Até tinha medo de morrer de
overdose. Bem, estava por ali uma ambulância para a eventualidade de
acontecer alguma coisa. Mas os outros mesmo assim corriam mais do que
eu.
Chegou
a hora de nos separarmos daquela semana louca. Eu e a minha
mãe...tínhamos de apanhar o avião. Mas onde raios estávamos? Aqui
começa a confusão. Antes de partirmos, a minha irmã emprestou umas
calças verdes, imagine-se, para a minha mãe vestir durante a
viagem.
E lá
alugámos um táxi rumo ao aeroporto não sei de onde. O táxi foi
alugado em Coimbra, aí não tenho dúvidas. Não me lembro da viagem
de táxi. Só me lembro de estar num local que me diziam que era um
aeroporto...mas coitado desse aeroporto! Era um aeroporto que mais
parecia um apeadeiro.
O
taxista mencionou que já estávamos atrasadas e podíamos perder o
avião. Se o perdêssemos, só depois das onze da noite teríamos
novo voo. Havia que apressar. Mais uma vez, volta a entrar em ação
(ou em inação) a minha velocidade de lesma que me acompanha durante
os sonhos. A minha mãe corria, com aquelas calças verdes vestidas,
até parece que voava. Eu, coitada de mim, parecia que tinha as
pernas presas com um cordel. Toda a gente discutia comigo. Para eu
andar mas rápido. Eu tentava mas cada vez andava mais devagar.
O
tempo passava. O taxista foi pedir aos senhores do aeroporto...para o
avião esperar por nós. Mesmo assim, havia que apressar. Passávamos
por longos corredores, por casas minúsculas. Eu já desesperava.
Nunca mais chegávamos ao local de embarque. Diziam sempre que
estávamos quase a chegar mas...lá íamos nós por outro
interminável corredor. Não. Assim não chegaríamos a tempo.
Afinal
aquilo passava-se...na Madeira. Eu sei lá onde era! Não era na
Madeira certamente. Lembram-se de eu dizer que alugámos o táxi em
Coimbra? Então? Convém lembrar que estamos num sonho e os sonhos
carecem de lógica.
O
melhor é acordar e tentar escrever por aqui qualquer coisa.
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