Wednesday, September 21, 2016

Corrida contra o tempo para apanhar o avião

Foi uma noite repleta de sonhos, cada um com as suas peripécias, quase todos interligados. Vou desenvolver a parte final, aquela imediatamente antes de acordar.

Antes de narrar a história onírica ao pormenor, sonhei que havia uma série de atividades na minha terra. Tinha de passar numa subida que realmente existe e, enquanto os outros a subiam sem problemas...eu gatinhava e via- os cada vez mais distantes. Nos sonhos é assim, corro sempre mais devagar, muitas vezes gatinho ou rastejo e quase sempre ando para trás.

Estas atividades estavam associadas...ao estranho casamento da minha irmã...com um inglês muito doido. Mas espera aí! A minha irmã por acaso não é já casada? E que fazia a minha mãe ali no meio de gente nova? Ela, que não gosta de ir a lado nenhum?

Bem, houve uma altura em que toda a gente foi comprar suplementos alimentares...aos chineses. Eu engoli logo uma mão-cheia de cápsulas e fiquei com um speed incrível. Até tinha medo de morrer de overdose. Bem, estava por ali uma ambulância para a eventualidade de acontecer alguma coisa. Mas os outros mesmo assim corriam mais do que eu.

Chegou a hora de nos separarmos daquela semana louca. Eu e a minha mãe...tínhamos de apanhar o avião. Mas onde raios estávamos? Aqui começa a confusão. Antes de partirmos, a minha irmã emprestou umas calças verdes, imagine-se, para a minha mãe vestir durante a viagem.

E lá alugámos um táxi rumo ao aeroporto não sei de onde. O táxi foi alugado em Coimbra, aí não tenho dúvidas. Não me lembro da viagem de táxi. Só me lembro de estar num local que me diziam que era um aeroporto...mas coitado desse aeroporto! Era um aeroporto que mais parecia um apeadeiro.

O taxista mencionou que já estávamos atrasadas e podíamos perder o avião. Se o perdêssemos, só depois das onze da noite teríamos novo voo. Havia que apressar. Mais uma vez, volta a entrar em ação (ou em inação) a minha velocidade de lesma que me acompanha durante os sonhos. A minha mãe corria, com aquelas calças verdes vestidas, até parece que voava. Eu, coitada de mim, parecia que tinha as pernas presas com um cordel. Toda a gente discutia comigo. Para eu andar mas rápido. Eu tentava mas cada vez andava mais devagar.

O tempo passava. O taxista foi pedir aos senhores do aeroporto...para o avião esperar por nós. Mesmo assim, havia que apressar. Passávamos por longos corredores, por casas minúsculas. Eu já desesperava. Nunca mais chegávamos ao local de embarque. Diziam sempre que estávamos quase a chegar mas...lá íamos nós por outro interminável corredor. Não. Assim não chegaríamos a tempo.

Afinal aquilo passava-se...na Madeira. Eu sei lá onde era! Não era na Madeira certamente. Lembram-se de eu dizer que alugámos o táxi em Coimbra? Então? Convém lembrar que estamos num sonho e os sonhos carecem de lógica.

O melhor é acordar e tentar escrever por aqui qualquer coisa.

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