Esta é mais uma crónica de um sonho muito recorrente, desta vez com uma variante bem curiosa.
Acontece frequentemente eu sonhar que me encontro extremamente cansada, que demoro uma eternidade a atravessar uma estrada quando deveria ser mais rápida e que um estranho cansaço se apodera de mim sempre que corro ou que me tenho de despachar.
Desta vez já me encontrava extremamente cansada à saída do trabalho. Tinha de ir a pé para cada, tal como aconteceu no Verão passado. A subir as escadas, teve de ser de gatinhas e terei caído aí umas dez vezes. A subir aquela ladeira, já de si muito íngreme, quase nem saía do sítio. E fui com as mãos ao chão centos de vezes. Estava mesmo péssima.
Tinha comprado uns carapaus e um coelho que levaria para casa, imagine-se. Como se em casa não houvesse comida.
Tinha de apanhar o autocarro a tempo e horas e, estando no lastimável estado em que me encontrava, logo tentei arranjar maneira de lá chegar fazendo o menor esforço possível. Saiu-me o tiro pela culatra. Não estava em condições para explorar novos atalhos. O caminho assim ainda me pareceu mais longo.
Cheguei a casa, poisei o saco das compras e fui para o meu quarto descansar. Estava mesmo cansada. De madrugada ouvia um programa onde falavam de questões de saúde. O tema do programa daquele noite era uma doença chamada…larasma. Os sintomas iniciais eram cansaço extremo e falta de forças. Comecei logo a congeminar que talvez padecesse de larasma. Ainda há bem pouco tempo estava aí toda pujante.
Prosseguiram com as explicações e os esclarecimentos sobre essa doença que desconhecia. Tratava-se de uma febre hemorrágica. Bem, de hemorragia e de febre não tinha nenhum sinal…para já. Tinha de estar alerta, pois isso pegava-se.
Alguns dias depois eu ainda sentia aquele cansaço mas de forma mais ligeira. Abordaram-me na rua e disseram-me que eu estava gorda demais. Eu fui dizendo que já tinha estado mais gorda e que ultimamente tinha tido alguns problemas. O despertador tocou nessa altura.
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