Mais um excelente livro do nosso Prémio Nobel da Literatura em 1998!
Num romance quase autobiográfico, José Saramago ficcionou-o que teve de passar na conservatória do registo Civil para encontrar algo referente ao seu irmão Francisco que nasceu e morreu antes de ele nascer.
Nesta obra com este sugestivo nome que não é por acaso, Saramago dá apenas nome a um personagem- o seu, José. Os restantes personagens não têm nome porque isso pouco importa. Nas repartições públicas, as pessoas são apenas papeis ou números sem importância e a vida ou a morte possuem uma ténue linha entre elas.
Esta obra também aborda a solidão, o desinteresse, a quase desumanidade com que as pessoas muitas vezes são tratadas, que chegam a estranhar quando algum gesto mais benevolente se insurge no meio do desinteresse.
Não será por acaso que a conservatória do registo civil, a certa altura do livro, é mesmo comparada ao cemitério e mesmo assim a última morada dos mortos sai a ganhar.
Mais um romance genial de Saramago que gostei de ler.
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