A vida depois da
morte sempre foi um tema que me fascinou e cada vez mais me fascina.
Quanto mais leio sobre o assunto, mais apaixonada fico por esta
temática.
Esta obra tem a
particularidade de ser escrita por uma empresária- à partida alguém
que lida mais com o concreto, números, resultados,
produtividade...Para essas pessoas, o abstrato e o espiritual não
fazem parte do seu quotidiano. Essa é a convicção que eu tenho mas
penso que as consciências se começam a abrir e acredita-se que uma
boa vida espiritual será meio caminho andado para o sucesso no mundo
dos negócios.
Eu começo a pensar:
como reagiriam as pessoas se eu ou alguém mais virado para estas
coisas propusesse, por exemplo, uma sessão de Reiki semanal para os
colaboradores? Se calhar até reagiriam bem. Já há Shiatsu. Por que
não Reiki um dia destes?
Estou a dizer isto
porque Deborah Heneghan também é mestre de Reiki- daí ter uma
bagagem e uma abertura espiritual muito acima da média. Conseguiu-a
depois de ter perdido a irmã mais nova vítima de leucemia. A partir
daí, encarou a morte com outros olhos e começou a ajudar pessoas,
especialmente as que perderam entes queridos em circunstâncias
dramáticas.
Encarar a morte como
um acontecimento de transição e não como o fim de tudo ajuda as
pessoas a compreender e a aceitar a perda para este mundo de alguém
que ama. As histórias e testemunhos de pessoas que experimentaram
acontecimentos que provam que as pessoas que perdemos estão lá
algures e ouvem-nos a cada momento não param de crescer. Muitas
dessas histórias são narradas até por gente muito bem formada, que
à partida, deveria mostrar algum ceticismo face a assuntos de índole
espiritual e do subconsciente. Sim, falei no subconsciente porque
quando sonhamos estamos mais próximo do mundo onde se encontram os
espíritos. Muitas mensagens importantes serão transmitidas através
dos sonhos.
Uma das histórias
que me impressionou foi precisamente alguém que sonhou que estava na
casa onde a sua avó morou, de paredes coloridas, mas a casa com que
estava a sonhar tinha as paredes completamente brancas. O único
colorido da cozinha da avó era o vermelho do sangue que salpicava
tudo. A avó disse à neta para ir para a divisão seguinte e ela ali
encontrou a sua colega de trabalho com uma faca espetada pelo seu
chefe. A colega andava a arranjar-lhe problemas no local de trabalho
e ela despediu-se após ter tido esse sonho. Encontro aqui algumas
semelhanças com um sonho que tive escassos dias antes de mudar para
o meu atual trabalho. Nesse dia, impressionada com esse sonho, fui
ver o seu significado. Dizem os populares que sonhar com muito sangue
significa morte mas não é realmente assim. Apesar de toda a gente
se assustar e entrar por vezes em pânico quando sonha com sangue,
esse sonho pode significar...grandes mudanças na vida das pessoas
que o sonham. Foi na verdade o que aconteceu com o meu sonho. Ainda
hoje não deixo de pensar nisso. Podem encontrá-lo narrado aqui
neste blog. Tem o título “Estrada de sangue”
Quando se fala de
vida depois da morte, inevitavelmente se fala em reencarnação e vem
também à baila se os animais possuem ou não espírito. Eu acredito
que sim. A prova é eles serem todos diferentes uns dos outros em
termos de personalidade e de feitio. Lembro-me de uma situação que
ainda hoje me intriga: há uns anos, acharam cinco gatinhos num
pinhal. A minha mãe levou-os para casa. Quando eu cheguei de fim de
semana e os contemplei pela primeira vez, fugiu cada um para seu
lado, apesar do seu debilitado estado de nutrição. Estava a
contemplá-los a fugirem de mim quando senti alguma coisa agarrar-se
às minhas pernas. Afinal não tinham fugido todos. Houve uma que
deliberadamente veio ter comigo. Era preta e branca, tal como dois
dos seus irmãos. Eu peguei-lhe e tomei nota de marcas que a
distinguissem dos outros gatos pretos e brancos. Não era preciso.
Ela vinha sempre ter comigo. A razão desconheço ainda hoje passados
mais de dez anos.
Era grande a ligação
que tinha com essa gata. O medo de a perder fazia-me sentir
desconfortável mas esse dia chegou quase dois anos depois quando um
carro a atropelou. Ainda hoje olho para fotos dela- tenho um álbum
só para ela até no meu Facebook. Talvez houvesse na forma como ela
me abordou um significado, talvez ela me tenha reconhecido mas eu não
consegui reconhecê-la a ela. Talvez a ligação viesse muito de
trás. Lembro-me também da ligação especial que tinha com um cão
de caça que por lá apareceu assim vindo do nada à porta dos meus
pais. Era o Didi. Também morreu atropelado. Normalmente eu gosto
mais de gatos do que de cães mas aquele cão era diferente. Por isso
lutei tanto por ele quando um dia alguém o apanhou da minha porta e
o prendeu em sua casa. Lembro-me quando a minha mãe me chamou e me
disse que o tinham matado lá na minha aldeia. Não me lembro de ter
chorado por mais animais nenhuns a não ser por estes dois. Também
tenho uma ligação forte com a Feijoa, mas já não tenho uma
ligação tão forte com a Adie. Essa ligação com a Feijoa
consolidou-se quando eu atravessei aquele problema difícil das
operações aos olhos. Ela e o irmão eram os meus companheiros nessa
altura. Eram o meu refúgio.
Outra história bem
curiosa que me prendeu a atenção vem de uma senhora que diz que faz
perguntas ao marido que faleceu através da escrita. Ela escreve uma
pergunta com a mão com que habitualmente escreve e depois, com a
outra mão, de forma automática e quase inconsciente, responde às
próprias perguntas que fez. Eu já tinha ouvido falar nisso antes
mas com uma variável- a escrita automática e compulsiva é criada
enquanto a pessoa se encontra em estado meditativo. Inclusive, sei de
uma história de uma menina portuguesa que, aí com os seus quatro ou
cinco anos- ainda não sabia ler nem escrever- escrevia cartas de
amor e outros textos com uma elevada carga dramática. Parecia que
ela tinha vivido ou estava a viver aqueles acontecimentos que
transcrevia para um papel em branco. A avó dessa menina ficava
boquiaberta ao ler o que a neta escrevia de forma compulsiva.
Depois há aqueles
acontecimentos a que não damos importância mas não é por acaso
que ocorrem. Eu penso até que estou agora, nestes últimos dias, a
passar por uma situação dessas. Depois há tempo para falar sobre
isso aqui.
Este texto já vai
longo, como sempre acontece quando me ponho a abordar estes temas.
Fica uma ideia do que se pode encontrar nesta obra.
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