Ainda bem que o
despertador tocou e nada daquilo estava a acontecer! E que já estava
fora de mim com todas as incidências de mais uma conturbada noite de
sonhos que só existiram para me tirar do serio.
Comecemos pelo
princípio! Fui para casa com toda a espécie de sacos atrelados a
mim. Não podia sair do meu quarto, pois tinha de os ficar a guardar
para depois voltar com eles embora no dia seguinte. Iria mudar-me
para...Alcobaça.
Havia um almoço lá
em casa à base de leitão. Já se ia no café e eu continuava
sentada à mesa à espera de leitão. Ainda por cima estava com muita
fome e cheia de pressa para me ir embora.
Eu já barafustava.
Dizia mais palavrões do que outras palavras numa frase. Estava mesmo
a atrofiar. Passavam para um lado e para o outro e nada de me trazer
leitão para eu comer e me despachar.
Mas se pensam que a
tormenta onírica terminou, ela somente acabou de começar.
Transportava toda a
espécie de sacos às costas. Num dos meus braços iam quatro ou
cinco. Até parece que transportava ali todos os sacos que vi ou tive
na vida.
Cheguei a uma
estação de autocarros que não conhecia e tive de pousar todos os
sacos no chão. Quando o autocarro chegou, tive de os voltar a
apanhar mas eram tantos, que o autocarro não esperou por mim. De
nada valeu eu ter gritado a plenos pulmões que esperassem . As
pessoas tentavam-me ajudar a apanhar os sacos do chão mas o
autocarro já lá ia. Nada havia a fazer.
Outro autocarro
transportou-me até à estação seguinte onde o que eu queria
apanhar passava. Mais uma vez, a história repetiu-se. Não se
repetiu porque eu saltei para o teto de um outro autocarro e, de lá
de cima, de forma desesperada, pedia ajuda a quem passava. Não
queria ficar outra vez a pé.
Estava a gesticular
e a gritar no teto de um autocarro castanho dos antigos de dois
andares quando finalmente o despertador tocou.
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