Continuemos no fado!
E falar de fado é falar de Amália Rodrigues- a sua mais prestigiada
intérprete.
Eu também pensava
que conhecia a maioria das canções de Amália, apesar de só lhe
ter dado valor muito tardiamente e já depois de adulta. Se calhar
até conheço mas há sempre uma ou outra que nem sempre passa tanto
na rádio ou foi ofuscada por outras canções que faziam parte dos
mesmos trabalhos discográficos. Acontece isso com todos os artistas
e eu normalmente gosto dessas canções, as que estão lá no meio de
um álbum recheado de sucessos.
Já aqui apresentei
há tempos outro tema da Amália que não conhecia intitulado “Lar
Português” que, ao estilo da “Casa Portuguesa”que toda a gente
conhece e que, inclusive, eu me lembro de ter lido num livro de
leitura da escola primária, e da “Cantiga Da Boa Gente” que
enaltece a vida simples, honesta, singela. Este é outro tema que
aborda o mesmo assinto. Devemos aceitar a vida como ela é, não
pedir demais, não desejar o que não se pode ter. Este poema, como
se pode ler na introdução ao vídeo, foi escrito por Álvaro Duarte
Simões que devia ser alguém cuja ambição não cabia nos seus
pensamentos.
Também se pode ver
este tipo de poemas de outra forma, à luz do que era Portugal nesses
tempos do Estado Novo. Pensar demais, querer demais, ambicionar por
outros voos não seria muito bem aceite pelo Regime, daí haverem
muitas canções enaltecendo a vida simples de quem trabalha, a vida
em família, a vida no campo e as comidas singelas e tradicionais tão
ao jeito lusitano.
Realmente não
podemos pedir demais à vida mas também não podemos ficar de braços
cruzados quando sentimos que podemos fazer alguma coisa parra mudar.
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