Parafraseando o
autor deste livro do qual muito se falou ultimamente e muita polémica
gerou, eu não conhecia José António Saraiva até à leitura desta
sua obra. Não consta que nesta vida alguma vez tenha ido almoçar ou
jantar ao Pabe ou a qualquer dos inúmeros restaurantes que citou.
Talvez não me agradasse muito a companhia.
Talvez por não
gostar de política (a minha praia é mais a música e o Desporto),
não conheço de todo José António Saraiva. Conheço quase todos os
políticos de que fala no seu livro mas porque tenho de levar
inevitavelmente com os seus nomes enquanto vou ouvindo as notícias.
Há noticiários que quase só falam de política.
Aqui nesta obra, o
autor socorre-se de um diário que foi mantendo ao longo dos anos
onde anotava as suas opressões e incidências de encontros com
políticos. Normalmente esses encontros davam-se à mesa. O livro bem
se podia chamar “à mesa com...”
Confesso que fui às
lágrimas com algumas histórias ali narradas. Em suma, os políticos
não passam de comuns mortais como o resto dos cidadãos.
Não apreciei no
entanto alguns comentários que José António Saraiva teceu
especialmente sobre as debilidades físicas e de saúde de algumas
das pessoas com quem conviveu no cumprimento de um dever jornalístico
que se quer isento, especialmente de apreciações que posam ferir
suscetibilidades. Todos nós um dia chegaremos a velhos e a saúde
abandonar-nos-á implacavelmente.
Outro reparo que
tenho a fazer: pode ser uma questão de somenos importância mas um
jornalista não deve cometer gaffes destas. Uma pessoa que vem do
Estrangeiro trabalhar para Portugal é um imigrante e não um
emigrante, como ali vi escrito. A outra pessoa deixava passar mas
nunca a um jornalista.
Em suma, é sempre
bom estar a par da atualidade, ler os livros de que se fala e deixar
por momentos aqueles que pelos vistos só eu é que conheço, tal
como acontece com as músicas.
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