Monday, November 07, 2016

“Eu E Os Políticos” (impressões pessoais)

Parafraseando o autor deste livro do qual muito se falou ultimamente e muita polémica gerou, eu não conhecia José António Saraiva até à leitura desta sua obra. Não consta que nesta vida alguma vez tenha ido almoçar ou jantar ao Pabe ou a qualquer dos inúmeros restaurantes que citou. Talvez não me agradasse muito a companhia.

Talvez por não gostar de política (a minha praia é mais a música e o Desporto), não conheço de todo José António Saraiva. Conheço quase todos os políticos de que fala no seu livro mas porque tenho de levar inevitavelmente com os seus nomes enquanto vou ouvindo as notícias. Há noticiários que quase só falam de política.

Aqui nesta obra, o autor socorre-se de um diário que foi mantendo ao longo dos anos onde anotava as suas opressões e incidências de encontros com políticos. Normalmente esses encontros davam-se à mesa. O livro bem se podia chamar “à mesa com...”

Confesso que fui às lágrimas com algumas histórias ali narradas. Em suma, os políticos não passam de comuns mortais como o resto dos cidadãos.

Não apreciei no entanto alguns comentários que José António Saraiva teceu especialmente sobre as debilidades físicas e de saúde de algumas das pessoas com quem conviveu no cumprimento de um dever jornalístico que se quer isento, especialmente de apreciações que posam ferir suscetibilidades. Todos nós um dia chegaremos a velhos e a saúde abandonar-nos-á implacavelmente.

Outro reparo que tenho a fazer: pode ser uma questão de somenos importância mas um jornalista não deve cometer gaffes destas. Uma pessoa que vem do Estrangeiro trabalhar para Portugal é um imigrante e não um emigrante, como ali vi escrito. A outra pessoa deixava passar mas nunca a um jornalista.

Em suma, é sempre bom estar a par da atualidade, ler os livros de que se fala e deixar por momentos aqueles que pelos vistos só eu é que conheço, tal como acontece com as músicas.

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