Friday, December 11, 2015

Chegou a vez de a minha tia partir



Aproveitando o feriado, tinha tirado também o dia de segunda-feira para passar algum tempo com a família. Já há muito que não ia lá a casa.

Não imaginava era que a família estivesse toda reunida pelos piores motivos- a morte da nossa tia- irmã da minha avó e única ainda viva até ao passado Domingo, dia em que partiu tranquilamente deste mundo com perto de noventa anos.

Sabemos que a vida é assim. Que um dia nascemos, vivemos a nossa vida, envelhecemos e morremos. Assim aconteceu com a nossa tia que tanto estimávamos.

Há uns dias atrás tinha escrito num post a que dei o nome de “Questões do corpo e do espírito”:
Depois vinha com a minha mãe de Anadia para a Moita. Era já final de tarde, presumo que vínhamos do funeral. O trânsito estava de loucos e vínhamos com medo da estrada, de levar com um carro em cima. Veículos de grande porte avançavam, loucamente pelo asfalto, com os faróis ligados no máximo, encandeando-nos, apesar de ainda não estar escuro.”

Devido ao facto de, na altura estar a atravessar uma fase difícil, nem me apercebi do simbolismo deste sonho. Também não havia como saber, até ele se realizar. É mesmo daqueles que não queremos que se torne realidade mas aconteceu infelizmente. Neste excerto nós vínhamos do funeral…da minha avó, irmã da minha tia precisamente. No sonho estávamos a ir para casa, na realidade, íamos para a igreja, para o funeral da nossa tia e a cena era tal e qual a do sonho. Ia eu na frente, a seguir o meu pai, logo depois a minha mãe e uma prima minha. O Céu estava cinzento carregado e o trânsito, a certa altura, era intenso. Os carros cruzavam-se uns com os outros na estrada com os faróis ligados quase no máximo, como vi no sonho.

“Para fugirmos a uma situação de possível atropelamento, apanhámos boleia de uma enorme camioneta. Nem assim houve sossego. A todo o momento, o motorista tinha de guinar para um lado ou para o outro, esquivando-se a um ou outro veículo. Muitas vezes tinha de travar bruscamente. O medo de ter um acidente não diminuiu.”

Depois das cerimónias fúnebres, fomos com um primo nosso até casa dele. A certa altura, o nosso primo teve de travar a fundo por causa de um condutor descuidado. Todo o cuidado na estrada era pouco.


Se na altura não tivesse tantas preocupações, teria ficado preocupada a sério com este sonho que me passou completamente despercebido e que estava carregado de simbolismo e premonição.

Fica o registo.



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