Saturday, January 10, 2015
“Concentre-se…e tente visualizar as caveirinhas dos seus avós!”
Foi com este estranho pedido que acordei sobressaltada. Eram cerca de cinco menos um quarto da manhã e ainda demorei algum tempo a adormecer. Depois voltei a entrar no mundo dos sonhos.
Comecemos por narrar este sonho desde o início. O final já o conhecem. Termina com a frase acima citada e de forma abrupta mas não se previa que assim terminasse.
Tudo começa com um evento social com desconhecidos. Havia ali comida e bebida com fartura mas, não sei porquê, não estava ali bem com aquelas pessoas. A comida era de tal forma abundante que, de uma casa de banho que ficava ao lado da sala principal, ouvia-se alguém a vomitar, provavelmente devido aos excessos ali cometidos que eram fáceis de cometer.
Lembro-me de terem sido servidos uns tremoços muito chocos e sem casca que acompanhei com mais uma cerveja que me deixou inebriada. Nos sonhos, vá-se lá saber porquê, os tremoços nunca me sabem bem…mas a cerveja sabe-me ao néctar dos deuses.
Lembro-me de ter visto umas pessoas a correr numa pista de Atletismo que era estranhamente inclinada.
O sonho prosseguiu. Já não vivia na residencial mas tive de passar a noite no meu quarto devido precisamente ao facto de ter ido a essa festa. Havia lá coisas que eram de uma pessoa que tinha participado na festa. Eu não ia muito com a cara do indivíduo nem ele com a minha.
Estranhamente, o sonho passa para o quarto da minha irmã lá em casa. A luz está acesa, eu estou estranhamente com os óculos postos e um torpor imenso invade o meu corpo. Estou prestes a cair para o lado com a moleza que me invade o corpo. Nada melhor para acabar com o entorpecimento do que o tratamento de choque a que vou ser sujeita. Aí acordo no próprio sonho e acordo esbaforida também na vida real.
A minha senhoria pede-me para fechar os olhos (tarefa que não era difícil dado o estado que acima descrevi) e para tentar visualizar “as caveirinhas dos meus avós”.
Imediatamente dei um salto e fixei os olhos na luz do tecto. Vendo a minha reacção intempestiva, ela foi dizendo:
- “Enquanto não ultrapassar essa fase, não podemos progredir. ”
Pelos vistos já não era a primeira vez que me fazia tal proposta.
Acordei e ainda estive algum tempo acordada. Quando voltei a adormecer, voltei a sonhar com outras coisas, sobretudo com gente empenhada em me chatear, fosse por passar um jingle por cima de uma musica nos discos pedidos só para eu não a gravar (nem sequer tinha pedido tal música, diga-se de passagem), fosse por se meterem na minha vida e começarem a dizer que havia toda a porcaria de comprimidos que deveria tomar para perder peso.
O melhor foi acordar de vez com o despertador.
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