Saturday, January 17, 2015
“Oásis Escondido” (impressões pessoais)
Ora aqui está uma obra que tem de tudo o que me agrada. Para além de ter acção, suspense, e mistério, também é daquelas que nos ensina alguma coisa de útil, neste caso sobre o Antigo Egipto e um pouco sobre os seus deuses e as suas crenças.
Há uns anos atrás, li com avidez o livro “Os Olhos Do Faraó” e recordei-me bastante dele ao ler esta obra. Neste caso, o inglês Paul Sussman pega numa lenda que existe desde os tempos desse faraó que terá governado cerca de noventa e três anos e cria uma história de ficção com todos os ingredientes de que gosto.
O autor desta obra teve a particularidade de criar um vilão egípcio que não estivesse ligado ao fundamentalismo islâmico ou a algo do género (o vilão desta obra até pertence aos cerca de dez por cento de egípcios que professam o Cristianismo). O indivíduo é um traficante de armas que iria enviar urânio a Saddam Hussein em plena guerra Irão-Iraque nos anos oitenta mas o avião que transporta a mercadoria cai no deserto durante uma tempestade de areia. O único sobrevivente desse desastre aéreo tira fotos de um local lendário- o oásis perdido de Zerzura. Muita gente o tem procurado sem sucesso ao longo dos tempos.
Ao longo da obra, muita gente continua a procurar o oásis perdido, desde os estudiosos do Antigo Egipto ao bandido traficante de armas que quer recuperar a sua mercadoria. Para além do atractivo do oásis, também foi aqui incluída uma pedra a que os antigos egípcios davam o nome de Benben e que tinha propriedades altamente nefastas, isto segundo eles, que tinham umas superstições e umas crenças bastante curiosas. Basta dizer que eles tinham deuses para tudo e mais alguma coisa. Só para o Sol havia uns quantos, para a noite, o dia, a areia, as rochas, as colheitas e tudo mais havia uma divindade para a qual era construído um templo imponente, daqueles que ainda hoje fazem inveja aos empreiteiros dos nossos tempos. Ah, e havia aquele deus deles com corpo humano e cabeça de cão que é o deus da morte. Eu esqueço-me sempre como se chama esse deus. Tem um nome engraçado mas não me estou a recordar como se chama. Aliás, os deuses deles têm quase todos a particularidade de ter corpo de gente e cabeça de qualquer coisa.
Resumindo, vale imenso a pena ler esta obra. Está realmente muito boa. Tem de tudo o que é preciso para cativar.
Agora vamos até ao Brasil e vamos ler uma obra sem a mesma intensidade desta.
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