Um dia destes, com o evoluir da tecnologia, ainda vamos viajar instantaneamente conforme pensamos ou sonhamos. Aliás, já dizia o poeta que o sonho comanda a vida, não é? É pois.
Sonhei que, num dia, tinha percorrido mais de sei lá quantos países em continentes diferentes, até que estava numa casa que parecia a casa da minha tia onde costumávamos ir quando éramos pequenas. Como nos velhos tempos, essa casa estava cheia de gente que ali estava para comer bem e conviver ainda melhor.
A novidade aqui é que a casa ficava algures em Itália e era muito estranha por dentro. Para começar, apresentava plantas por todo o lado e o interior estava luxuosamente decorado com tudo quanto era bom e glamoroso.
As divisões eram labirínticas e ainda mais o eram para quem andava aflita à procura de uma casa de banho onde pudesse verter urinas sem ser incomodada pelas visitas. Pois isso era o mais difícil.
E lá ia eu percorrendo o interior da casa. A certa altura, estaquei abruptamente. É que havia um local sem qualquer tipo de protecção onde se ia parar directamente ao andar de baixo se se desse mais um passo como eu estive quase a fazer.
Por fim lá encontrei uma casa de banho que não era lá muito confortável em termos de privacidade. Era toda revestida a vidro e viam-se uns enormes viveiros de plantas. Mas servia na mesma para quem estava aflita como eu.
Estava eu embrenhada nas minhas tarefas, quando ouvi vozes conhecidas. Eram, nada mais, nada menos do que o meu pai, o meu padrinho e um senhor da minha terra. Já estavam todos bem bebidos e irromperam pela casa de banho adentro assim mesmo sem bater na porta. Bem, para dizer a verdade, acho que aquilo nem porta tinha.
E agora que ia eu fazer? Fugir assim não dava, pois eles viam-me. Continuava agachada em concha para remediar os males mas não podia ficar assim eternamente. Eles também não davam mostras de se irem embora. Que vida a minha!
O remédio foi acordar. Já era tarde e a vontade de urinar era bem real.
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