Sonhei que uma senhora que eu nunca tinha visto tinha vindo lá de longe para avaliar o meu desempenho laboral.
Eu contava que estivesse tudo a correr bem, como na realidade está, mas tive uma surpresa pouco agradável. Com ar de escárnio, a desconhecida alegou que o meu desempenho era péssimo porque o teste que ela diz que eu fiz, mas que eu não me lembrava de ter feito, estava cheio de erros, imagine-se.
Estava intrigada. Eu, que até escrevo razoavelmente bem, a dar erros de modo a não servir para nada? Essa era boa. Nunca ninguém me tinha dito tal coisa.
Pensei que talvez ela não entendesse o que eu tinha escrito. É o normal. Ela mostrou-me algo escrito à mão, quando eu sou muito mais eficaz a escrever a computador. Hoje em dia, quem é que escreve à mão? Eu apenas tiro apontamentos para depois os desenvolver a computador.
Ainda me surgiu outra hipótese. Será que ela já estava a analisar o que eu escrevi à luz do novo acordo ortográfico? Era uma possibilidade que não podia ser descartada.
A criatura estava mesmo a humilhar-me e eu estava completamente desesperada. Acordei e verifiquei que ninguém me estava a julgar e a acenar um papel cheio de riscos vermelhos.
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