Nem a dormir me consegui abstrair do dia que ia ter pela frente que era o dia do meu aniversário.
No trabalho estivera pela primeira vez a embalar uma espécie de bolas de Berlim em miniatura e logo o meu subconsciente fez o favor de as transportar para o sonho. Se na realidade não as podia provar, no sonho também não lhes deitaria o dente.
Tudo se passava em redor da minha festa de aniversário que iria dar em minha casa. Estavam convidados alguns amigos e familiares. A festa teria início à uma da tarde mas, à hora marcada, ainda não tinha aparecido ninguém. Tudo estava preparado em cima das mesas apenas à espera que os retardatários chegassem.
Que apetitosas iguarias estavam expostas ali! As suculentas bolinhas amarelas que tinha estado a embalar olhavam atrevidamente para mim em cima de uma mesa redonda. Eu pensava: “Tive tanto trabalho a preparar isto e agora ninguém aparece!”
Para combater a ansiedade fui para junto da porta da minha vizinha. Estava um belo dia de Sol. Estaria a curti-lo plenamente se acaso não estivesse inquieta por os convidados da minha festa tardarem em chegar.
E lá vinha uma caravana de veículos. Vinham todos ao mesmo tempo. Atrás vinha a toda a velocidade e algo desgovernado um jipe azulado. Quase atropelava uma senhora que na realidade eu não conheço.
As portas do jipe abriram-se. Era o meu primo que para minha surpresa também resolveu aparecer.
O despertador tocou mas eu, como estava de folga, coloquei-o novamente para despertar uma hora depois. Eu sou assim!
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