Comemora-se hoje o Dia Internacional da Mulher. Eu sou contra este tipo de efeméride, já tive oportunidade de o dizer por aqui muitas vezes ano após ano. E olhem que este meu humilde espaço caminha já para uma certa idade.
Dia da mulher devia ser todos os dias e comemorar este dia indo para a entrada de um centro comercial dar flores e beijinhos ás mulheres que passam é para mim um sinal da acentuação daquilo que a sociedade espera e pensa das mulheres. Esta gente que um dia foi para um certo lugar oferecer flores e beijos já parou para pensar se todas as mulheres gostam realmente de flores e de beijos. Vou dizer uma coisa, e penso que já não é a primeira vez que o digo: eu odeio flores. Não as suporto mesmo. Também sou um pouco avessa a contacto físico, seja ele qual for.
Falando um pouco desta obra, a autora retrata aqui a realidade da Nigéria que é um país ainda com uma cultura baseada em tribos e em crenças. De uma forma ou de outra, a sociedade ainda continua a rotular as mulheres, a esperar delas o que muitas vezes elas não são.
Eu cansei-me cedo de adotar aquele comportamento típico feminino. Achei que só me estava a desgastar e a me deixar infeliz. Pouco me importa o que as pessoas pensam. O que me importa é estar bem comigo mesma.
Independentemente do género, cada um tem o direito de fazer as suas escolhas sem as barreiras do azul ou do rosa. O importante é a pessoa ser como é.
Se calhar noventa por cento das mulheres apreciam chegar a um centro comercial e ser-lhes oferecida uma flor e dois beijos na cara. E as restantes dez por cento? Já pararam para pensar como ficam?
É por isso que sou contra o dia da Mulher, apesar de compreender por que foi instituído.
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