Wednesday, March 22, 2023

“O Caso Thomas quick” (impressões pessoais)

 

Esta história chega-nos da  Suécia e não é ficção. Por incrível que pareça, isto aconteceu mesmo.

 

Sabemos que da  Suécia e arredores costumam surgir grandes romances policiais mas este livro resulta de uma exaustiva investigação jornalística levada a cabo por Hannes rastam.

 

Thomas Quick era um  indivíduo que se encontrava internado numa clínica psiquiátrica, sob efeito de narcóticos e encorajado por terapeutas sem escrúpulos a instigar falsas e hediondas lembranças. Foi sob essas nefastas influências que este homem confessou ser o autor de mais de trinta assassinatos.

 

Basicamente, ele ouvia falar de um crime ou lia sobre ele nos jornais e logo assumia a sua autoria. Não se sabe por que é que ele fez isso mas na altura ele estava profundamente alterado devido á forte medicação e terapias agressivas que ia sofrendo. Em suma, estava um farrapo humano e houve quem lhe desse corda, por assim dizer.

 

O mais grave disto tudo é que as autoridades e a justiça sueca condenaram este homem somente porque ele confessou os crimes e porque ele sabia pormenores. Em alguns casos ele simplesmente fixou o que leu e noutros atirou ao acaso. Muitas vezes ele errou em pormenores mas somente tinham ouvidos para os pormenores acertados.

 

Já com a mente limpa,  Thomas Quick contou ao autor deste livro que  nunca na vida matou ninguém. Teve vários episódios de violência na  juventude mas nada de cometer os crimes hediondos que confessou.

 

Era incrível como este homem até de mortes acidentais se deu como culpado. Todo o desaparecimento, todo o corpo encontrado ou não em florestas, toda a morte suspeita  foi a ele atribuída por ele próprio, corroborado por terapeutas, médicos, polícias e até juízes.

 

Como foi possível ao longo de tantos anos alimentar esta farsa. Se acaso este homem tivesse cometido todos estes crimes, seria o maior serial killer do Mundo. Dificilmente haveria outro Ser Humano á face da Terra tão hediondo e repugnante.

 

Assim sendo, só podemos acusar  Thomas Quick de louco ou drogado, pois a sua mente não estava boa quando confessou esta incrível quantidade de crimes.

 

Mais uma vez, a realidade a ultrapassar  largamente a ficção. Um livro de investigação criminal muito interessante.

 

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