Estes últimos dias têm sido complicados, muito exigentes
mesmo. Sinceramente, não sei onde vou parar com isto tudo. Tais preocupações
espelham-se nas noites mal passadas e mal dormidas, sempre com um sentimento de
pressão e preocupação a invadir-me o espírito e a impedir que os meus
pensamentos e os meus sonhos tomem outro rumo, que não aquele onde está o foco
de tensão neste momento. Além disso, estou também preocupada com os danos a
nível da minha saúde que estas exigências inesperadas e esta tensão levada ao
extremo possam causar.
Para além de estar sem dormir, começaram a vir os pesadelos
com força, para além dos sonhos com esta questão que agora me apoquenta.
Sinceramente, não sei o que é pior: sonhar com funerais de pessoas queridas ou
sonhar com estas coisas que nem de noite me deixam descansar.
Depois de muito sonhar com o que me preocupa e que me está a
tirar o sossego, acordei e estive largo tempo sem dormir. Quando voltei a
adormecer, sonhei que desciam um caixão de madeira para uma campa rasa. O
caixão era da minha avó e estava-me a pisar um é quando o iam a descer. A sensação
de dor física e psicológica era bem real. Junto á sepultura, Comecei a chorar
compulsivamente.
Depois vinha com a minha mãe de Anadia para a Moita. Era já
final de tarde, presumo que vínhamos do funeral. O trânsito estava de loucos e
vínhamos com medo da estrada, de levar com um carro em cima. Veículos de grande
porte avançavam, loucamente pelo asfalto, com os faróis ligados no máximo,
encandeando-nos, apesar de ainda não estar escuro.
Para fugirmos a uma situação de possível atropelamento,
apanhámos boleia de uma enorme camioneta. Nem assim houve sossego. A todo o
momento, o motorista tinha de guinar para um lado ou para o outro,
esquivando-se a um ou outro veículo. Muitas vezes tinha de travar bruscamente.
O medo de ter um acidente não diminuiu.
O despertador tocou. Sinceramente, da maneira que as coisas
andam, não sei se foi bom, se foi mau.
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